No primeiro desafio oficial do Benfica na temporada, a Supertaça, vimos uma estratégia inusitada do treinador Roger Schmidt, com Rafa a liderar um quarteto móvel sem um avançado fixo. Contudo, com a entrada de Musa na segunda parte - e o seu papel preponderante na vitória por 2-0 sobre o FC Porto - essa abordagem é improvável que se repita.
A chegada de Arthur Cabral, reforço trazido para preencher o espaço vago por Gonçalo Ramos, aumenta ainda mais a competição na frente. Assim, inevitavelmente, alguém terá que dar lugar a um avançado, levantando a questão: quem será?
Apesar de Cabral ser uma opção, é provável que Musa seja o escolhido para o confronto com o Boavista. Afinal, estamos a falar de um adversário que conhece bem e de um estádio onde já jogou. A escolha de quem sairá para dar lugar a Musa não será fácil. O quarteto inicial - Di María, Rafa, Aursnes e João Mário - todos têm a sua importância na equipa.
O desempenho de Di María contra o FC Porto, onde marcou o primeiro golo da época, torna pouco provável a sua saída. O mesmo se aplica a Rafa e Aursnes, que também deram provas do seu valor. No entanto, João Mário, apesar de ter sido uma peça-chave na temporada passada, pode ser o escolhido para sair.
Outra opção seria reposicionar Aursnes no meio-campo, mas isso implicaria mexer na posição de João Neves, que teve uma excelente performance contra o FC Porto.
Além disso, não podemos esquecer David Neres, que não jogou em Aveiro por causa de uma lesão no joelho, mas que poderá estar disponível para o próximo jogo. No fim, a decisão será difícil e demonstra a riqueza de opções que Roger Schmidt tem à sua disposição.
O início da temporada apresenta-se interessante, com uma maior competição na equipa e no banco de suplentes, proporcionando ao treinador alemão várias alternativas de alto nível.