O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, expressou a sua preocupação em relação à diferença de cartões amarelos entre o FC Porto e o Benfica no atual campeonato. Enquanto os dragões já viram a cartolina em 56 ocasiões, as águias apenas foram admoestadas 32 vezes.
Marques acredita que esta disparidade não é normal e sugere que o condicionalismo feito à arbitragem pode estar a influenciar os resultados. Segundo ele, tanto o FC Porto como o Benfica enfrentam adversários que se defendem e jogam em contra-ataque, mas a diferença no número de cartões amarelos é significativa.
"É a consequência da pressão mediática, do condicionalismo que é feito permanentemente às equipas de arbitragem", afirmou Marques em declarações ao Porto Canal. Ele também criticou diretamente dois jogadores do Benfica, António Silva e João Neves, alegando que beneficiam de uma avaliação mais simpática dos lances e raramente recebem cartões amarelos, mesmo em situações onde tal seria justificado.
O diretor de comunicação dos dragões ainda mencionou que o FC Porto não é o único clube a enfrentar este tipo de desigualdade na avaliação dos lances, mas ressaltou que o Benfica é o caso mais gritante. "Há, pelo menos, 18 cartões amarelos que o Benfica devia ter visto e não viu. Isto não é normal. O anormal não é o FC Porto ter os 56 amarelos, o anormal é haver um clube que devia ter visto pelo menos mais 18 amarelos e nada", disse Marques.
Estas declarações geraram controvérsia e levaram o Conselho de Arbitragem (CA) a apresentar uma queixa contra Francisco J. Marques. No entanto, o diretor de comunicação do FC Porto defendeu-se, afirmando que a queixa mostra um viés a favor dos clubes de Lisboa por parte do CA.
"Querem silenciar quem denuncia que o rei vai nu. Mas com atitudes destas, o rei vai mesmo muito nu", concluiu Marques.