Num período em que o futebol europeu assiste a diversos investimentos em novos estádios, os principais clubes de Itália e Portugal também se preparam para iniciar importantes obras nas suas casas. Após o Manchester United apresentar recentemente o projeto para a construção de um novo recinto, é agora a vez de Inter e Milan, em Milão, e do Sporting, em Lisboa, darem passos significativos nesse sentido.
Estes investimentos em infraestruturas modernas e sustentáveis surgem numa altura em que algumas preocupações são levantadas, nomeadamente em relação aos preços dos bilhetes e ao impacto destes projetos nos investimentos diretos nas respetivas equipas profissionais.
O projeto em Milão
Oficialmente, as direções das equipas da Lombardia formalizaram junto da Câmara Municipal local a sua intenção de adquirir o atual Giuseppe Meazza, também conhecido como San Siro, e as áreas envolventes, com o objetivo de demolir o estádio existente e erguer uma nova infraestrutura moderna, sustentável e acessível. «Nos próximos meses, as nossas equipas vão detalhar a proposta para que o processo de aquisição possa ser realizado em julho de 2025», anunciaram em comunicado conjunto os representantes dos clubes rivais.
O projeto arquitetónico, já concluído há cerca de quatro anos e da autoria da conceituada empresa Populous, responsável por algumas das mais emblemáticas arenas desportivas a nível global, não deverá sofrer alterações de maior. O atual Giuseppe Meazza foi construído em 1925 e inaugurado em 1926, tendo sido palco de muitos dos grandes momentos da história do futebol italiano.
O projeto em Lisboa
Do outro lado da Península Ibérica, o Sporting também dá sinais de estar pronto para avançar com a construção de um novo estádio. Segundo consta, os leões irão adquirir os terrenos envolventes ao Estádio José Alvalade para ali edificarem um recinto totalmente renovado, embora os detalhes concretos do projeto ainda não tenham sido divulgados.
Desafios e equilíbrio
Este investimento em novos estádios chega num momento em que algumas preocupações são levantadas. Representantes dos clubes mostram-se particularmente sensíveis à questão dos preços dos bilhetes de entrada, procurando garantir a acessibilidade dos adeptos ao recinto. Paralelamente, existe também o receio de que estes projetos de infraestruturas afetem os investimentos diretos nas respetivas equipas profissionais, nomeadamente na contratação de jogadores e na aposta no desenvolvimento da formação.
Neste contexto, será interessante analisar de que forma os gigantes de Milão e de Lisboa irão gerir estes desafios e equilibrar os investimentos entre o setor imobiliário e o plantel desportivo. Um equilíbrio essencial para que estes clubes consigam manter a competitividade dentro de campo e, ao mesmo tempo, oferecer as melhores condições possíveis aos seus adeptos.