O mundo do futebol português está a viver um período de transição e preparação à medida que as equipas se aproximam do início da nova temporada. Contudo, este início pode ser complicado, especialmente para o Benfica, que enfrenta um calendário bastante apertado. Os Encarnados têm menos de um mês de férias e um regresso ao trabalho marcado para 14 de julho, apenas 15 dias antes do seu primeiro jogo oficial contra o Sporting na Supertaça de Portugal, agendada para 31 de julho no Estádio do Algarve. O timing reduzido deixa pouco espaço para que a equipa se ajuste após as férias.
Os desafios são evidentes, e Bruno Lage, o treinador do Benfica, tem a difícil tarefa de preparar a sua equipa em um período tão curto. A situação é complicada, uma vez que outras equipas, como o Sporting, que tiveram um descanso prolongado, começam a ter vantagens. A diferença no tempo de preparação é notória, dado que o Sporting regressou aos trabalhos no dia 1 de julho, tendo duas semanas a mais de treino em comparação com o Benfica. Há esperanças dentro do clube de que a Supertaça possa ser adiada, oferecendo assim um respiro necessário à equipa.
Calendário Apertado para o Benfica
Após a Supertaça, o campeonato da I Liga 2025/2026 inicia-se nos dias 9 e 10 de agosto. Para o Benfica, este jogo poderá também ser impactado, já que o clube está em contenda por um lugar na fase de grupos da Liga dos Campeões. Com duas eliminatórias programadas para os dias 5 e 12 de agosto, a incerteza persiste sobre se o Benfica conseguirá jogar na data estabelecida para a sua primeira partida da liga.
Além disso, o clube tem uma agenda cheia em agosto, com quatro rondas da Primeira Liga agendadas. Se o Benfica for bem-sucedido na Liga dos Campeões, poderá ter que disputar até oito jogos em apenas 30 dias, um desafio significativo para qualquer equipa, especialmente no início da temporada. Diante deste cenário, a Sporting SAD, liderada por Rui Costa, deverá procurar negociar com a Liga e outros clubes um possível adiamento de alguns jogos que possam prejudicar a preparação da equipa.
Desafios na Formação de Treinadores
Num contexto distinto, Ricardo Costa e João Pereira, dois treinadores portugueses, estão a frequentar o curso para obter o nível IV de treinador em Espanha, numa tentativa de acelerar o processo de certificação. João Pereira já expressou anteriormente frustrações em relação ao sistema de formação de treinadores em Portugal, afirmando: “O telefone tocou a meio da época para a segunda divisão inglesa, perguntaram-se se eu tinha o curso UEFA Pro, disse que não e, a partir daí, nada podia avançar. Estamos a abdicar de potenciar treinadores, seja em que mercado for.”
As declarações de Pereira ilustram as dificuldades que muitos treinadores enfrentam na obtenção das qualificações necessárias para progredir nas suas carreiras. Este contexto revela a necessidade de mudar e melhorar o sistema de formação em Portugal para melhor apoiar os futuros líderes das equipas.
Impacto na Preparação das Equipas
Assim, enquanto os clubes tentam preparar-se para a temporada que se aproxima, o cenário é complexo, influenciado por uma calendarização apertada e pela busca constante de melhoria na formação de treinadores. As condições de preparação variam significativamente entre as equipas, o que poderá moldar o desempenho ao longo da temporada.
Conforme os clubes tentam equilibrar a preparação física e mental das suas equipas, a gestão do calendário e a eficiência na formação de treinadores serão cruciais. A capacidade de adaptação e a antecipação de desafios surgirão como factores determinantes para o sucesso de cada clube na nova época.
