Piers Morgan, um conhecido jornalista britânico, utilizou as redes sociais para comentar a recente conquista da Liga das Nações por parte da seleção portuguesa, onde Cristiano Ronaldo foi uma peça chave. Morgan expressou a sua apreciação pelo triunfo de Portugal e sublinhou a sua insatisfação com a forma como Erik ten Hag, então treinador do Manchester United, tratou Ronaldo durante a sua passagem pelo clube. O jornalista não hesitou em afirmar que: ““Erik ten Hag tratou Ronaldo como terra e afastou-o para fora do United. Roberto Martínez apoiou-o para ser o seu homem principal por Portugal aos 40 anos. Um foi despedido, o outro acabou de ganhar um troféu. Moral da história? Não desrespeitem o melhor que já jogou este desporto.””
Esta crítica contundente a Ten Hag contrapõe-se à abordagem de Roberto Martínez, que, segundo Morgan, demonstrou apoio incondicional ao craque madeirense, evidenciando a importância de respeitar os grandes atletas mesmo em estágios avançados da sua carreira.
O Orgulho de Roberto Martínez
Martínez, por sua vez, expressou grande orgulho na atuação da sua equipa ao longo do torneio. Em declarações após a vitória, o selecionador português afirmou: ““Ficámos muito orgulhosos. O jogo contra a Alemanha já foi um jogo difícil, mostrámos uma personalidade incrível. Diante de Espanha mostrámos ainda mais personalidade e resiliência. Estes são os valores do povo português. A luta e o esforço, tudo aquilo que o povo português mostra nós demonstrámos durante a final four.””
O treinador, que foi confirmadamente mantenedor do cargo até 2028, frisou ainda a importância do compromisso dos jogadores, afirmando: ““O importante é o que acontece dentro do balneário. Vimos um compromisso dos jogadores a vestir a nossa camisola e é isso que os adeptos querem ver. O resto é ruído.””
Uma Filosofia de Mistura de Gerações
Entre as reflexões de Martínez, destacou-se também a importância de misturar gerações, uma filosofia que se opõe à abordagem dos espanhóis que, segundo ele, apostaram apenas na juventude. ““Os espanhóis acabaram com uma equipa antiga e fizeram a equipa só de jovens. Nós misturámos várias gerações. Uma, duas, três e agora já vai para a quarta geração,””
revelou o treinador.
Esta visão de Martínez ressalta a sua crença de que a experiência e a juventude, quando unidas, podem proporcionar um desempenho superior em competições de alto nível.
A Celebração da Vitória
Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República, logo se fez ouvir em Lisboa, manifestando a sua alegria pela recepção calorosa da equipa. Ele disse: ““O que eu achei emocionante é que eles levavam camisolas da seleção e os mais novos pediam aos mais velhos para assinarem. Nunca tinha visto. Eles diziam que era para ficar como recordação e que não sabiam se voltavam à seleção.””
O ambiente festivo e as celebrações entre jogadores e adeptos mostraram a força da união dentro da seleção, algo que o chefe de Estado realçou: ““O Ronaldo, felicíssimo. O Martínez, felicíssimo.””
O Impacto da Vitória
Na sequência desta vitória, a audiência da final atingiu números recorde, reforçando a paixão dos portugueses pelo futebol. Relato da RTP indicou que, com a vitória sobre a Espanha, o jogo se tornou o ““programa mais visto do ano e com alguma vantagem sobre o 2.º lugar.””
A final atraiu um pico de audiência de 3,9 milhões de telespectadores, demonstrando o impacto e a importância deste triunfo para a população.
Ao refletir sobre o sucesso alcançado, Martínez comentou que a chave para a vitória foi ““acreditar e em sermos muito resilientes.””
A entrega dos jogadores e a continuidade do plano estratégico foram elementos cruciais para esta conquista, e agora a seleção portuguesa visa a preparação para o próximo Mundial, esperançosa por repetir tal sucesso, enquanto a jornada de Cristiano Ronaldo continua a ser acompanhada de perto pelas suas diversas facetas na carreira como atleta.