Bruno de Carvalho alerta para clima tenso no futebol

  1. Bruno de Carvalho expressou preocupação
  2. Ameaças de morte a Matheus Reis
  3. Ambiente tenso na AGE do FC Porto
  4. Novas testemunhas na Operação Pretoriano

Bruno de Carvalho manifestou a sua preocupação relativamente ao clima tenso que envolve os jogadores e os clubes, nomeadamente no caso de Matheus Reis. “Era isto que eu temia. Os meus conselhos sobre como deveria ter atuado o jogador e o Sporting CP eram para tentar minimizar ao máximo uma situação que iria ser usada ao limite para criar ruído sobre as vitórias do Sporting”, disse Carvalho. Esta declaração surge na sequência de uma série de ameaças de morte dirigidas ao jogador e à sua família após um incidente controverso no dérbi do Jamor. Com a pressão crescente sobre as vitórias do clube, Carvalho salientou que “agora 'paga' a família do jogador”.

O clima de intimidação nas assembleias também foi um ponto de preocupação expresso em relação à Assembleia Geral Extraordinária (AGE) do FC Porto. Um comissário da PSP descreveu o ambiente como de grande tensão. Este agente, que também é sócio do clube, mencionou que, caso André Villas-Boas tivesse entrado no auditório, “toda a gente lhe tinha caído em cima, literalmente”. O mesmo comissário relatou que havia alertado Fernando Madureira, que estava a criar um clima intimidador, sobre os riscos que Villas-Boas enfrentava. “Disse-lhe para não fazer nada que prejudicasse a sua vida e o clube. Ele respondeu que tinha de gerir isto dos dois lados”, sublinhou.

Ambiente Tenso na Assembleia

Durante a AGE, que foi interrompida por 45 minutos, surgiram ainda relatos de ameaças à segurança de Villas-Boas, levando à decisão de mudar o local da assembleia. O comissário fez saber que a segurança do antigo treinador estava em risco, uma vez que “estavam a ameaçá-lo de morte”. Este tipo de pressão e intimidação representa um desafio significativo para as instituições e a sua capacidade de regular a conduta dos sócios.

Novas Testemunhas na Operação Pretoriano

Além disso, duas novas testemunhas foram adicionadas ao processo da Operação Pretoriano, que inclui a análise da agressão a Henrique Ramos durante a AGE do Porto. A advogada de defesa de Fernando Saúl solicitou a inclusão de vigilantes que estavam presentes na assembleia. Estes foram capazes de oferecer um relato de que Ramos foi encaminhado à saída, mas a segurança foi considerada insuficiente.

Como o vigilante Ricardo Rocha mencionou: “Penso que o responsável pela quantidade de efetivos é o chefe de segurança do FC Porto, é ele que encomenda o serviço”. Este relato destaca a responsabilidade do clube em garantir um ambiente seguro para todos os participantes.