Na recente Cimeira de Presidentes, a discussão sobre a centralização dos direitos audiovisuais foi um tema central. O presidente da Liga, Reinaldo Teixeira, sublinhou que o ambiente foi exemplar
entre os presidentes de clubes, incluindo Rui Costa do Benfica e Frederico Varandas do Sporting, destacando que não houve qualquer atitude destrutiva
por parte do Benfica. Para Teixeira, o clube da Luz contribuiu com bastantes sugestões
ao longo do processo, mesmo após ter saído do grupo de trabalho. Embora esta saída possa ser vista como uma diminuição de colaboração, o presidente da Liga não interpretou dessa forma, afirmando que o Benfica continua a fazer parte da solução e que ““os passos têm sido sempre em frente.””
Neste contexto, a discussão sobre a centralização é vital, pois as sociedades desportivas identificaram a necessidade de acelerar o processo. Para o presidente da Liga, o contributo de todos os clubes é fundamental, e essa colaboração deve ser mantida para que o dossiê final, que será entregue em junho de 2026, possa ser devidamente elaborado. ““Só posso agradecer e reconhecer o contributo de todas as sociedades desportivas. Todos estiveram com grande espírito de colaboração,””
salientou Teixeira, enfatizando a importância desse ambiente no desenrolar do futebol português.
Contribuições do FC Porto
André Villas-Boas, presidente do FC Porto, também fez ouvir a sua voz na cimeira, questionando Rui Costa sobre a postura do Benfica no dossiê de centralização. Apesar das tensões, Villas-Boas instou para que houvesse uma clarificação e, ao fim e ao cabo, Rui Costa admitiu que o Benfica ainda poderia contribuir para a solução. O presidente do FC Porto foi um dos poucos que apoiou a ideia de reduzir os calendários competitivos, defendida por Teixeira.
No entanto, Villas-Boas sugeriu ir mais longe e propor o fim da Taça da Liga como meio de aliviar o calendário congestionado dos clubes: ““Sugeriu que houvesse um alívio de calendário pela via da remoção da Taça da Liga.””
Discussões Institucionais
O panorama institucional continua a evoluir, com os presidentes a debater não só a centralização, mas também a necessidade de uniformizar procedimentos com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a reavaliação de encargos partilhados. Reinaldo Teixeira enfatizou que as discussões buscarão sempre um desempenho superior na arbitragem, reconhecendo que é necessário garantir um bom funcionamento para que todos, incluindo jogadores e árbitros, possam valorizar as competições.
O clima de colaboração terá que se manter, especialmente tendo em vista as propostas feitas, como o retorno do Conselho de Arbitragem à esfera da Liga, mencionada por Rui Alves, presidente do Nacional. Teixeira destacou que qualquer alteração na estrutura da arbitragem terá que passar por uma revisão legal, indicando a complexidade das mudanças desejadas.
Perspectivas Futuras
Em conclusão, o futuro da centralização dos direitos audiovisuais e do futebol profissional português parece ser promissor, uma vez que todos os clubes estão a demonstrar uma participação ativa e um espírito colaborativo. O compromisso em avançar com a centralização e a manutenção de um diálogo aberto entre as entidades envolvidas são fundamentais para garantir que os direitos audiovisuais sejam eficazmente centralizados.
Desta forma, molda-se o futuro do futebol em Portugal, com a expectativa de que as decisões tomadas nesta cimeira terão um impacto positivo a longo prazo.