Diogo Boa Alma analisa o mercado de verão no futebol português

  1. Diogo Boa Alma analisa o mercado
  2. Saídas inevitáveis de Gyökeres, Carreras e Costa
  3. Necessidades do Benfica e FC Porto
  4. Estabilidade do Sporting é chave

O diretor desportivo Diogo Boa Alma fez uma análise abrangente do mercado de verão, refletindo sobre as inevitáveis saídas e as necessidades de investimento dos três grandes do futebol português. Com o fechamento da temporada, ele revelou que “as saídas de Viktor Gyökeres, Álvaro Carreras e Diogo Costa sejam inevitáveis durante o verão, tanto por necessidade financeira dos clubes, como também pelo encerramento dos ciclos destes jogadores”.

Boa Alma, ex-dirigente de Casa Pia, Vitória de Guimarães e Santa Clara, elogiou a estratégia do Sporting e criticou a gestão do Benfica. “O FC Porto teve muitas lacunas, ficou aquém do desejado. Perdeu jogadores importantes no mercado de janeiro. Benfica e Sporting têm bons plantéis, mais equilibrados”, comentou.

Necessidades para a Próxima Temporada

Referindo-se às necessidades específicas dos clubes para a próxima temporada, Boa Alma afirmou que “dependerá muito das saídas, obviamente”, destacando que o Benfica precisa de pequenos ajustes enquanto o FC Porto deve focar na aquisição de “dois médios, um defesa-central e um extremo”.

Questionado sobre quais jogadores sacrificar, Boa Alma respondeu com humor, “Ninguém. Como diretor de qualquer um deles, ninguém gosta de perder elementos preponderantes [risos]”. No entanto, ele reconhece que a realidade é diferente e destaca que “o Sporting tem jogadores com maiores valores de mercado e está melhor”.

A Inevitabilidade das Saídas

Ele destacou a inevitabilidade da saída de Gyökeres, considerando que o Sporting deve focar em manter a base do plantel para a próxima época. Sobre o Benfica, o diretor desportivo afirmou: “A do Carreras será inevitável”, mas expressou dúvidas se isso poderia equilibrar as contas do clube. “Arthur Cabral penso que seja o elemento que o Benfica mais quererá vender, não sei é se irá recuperar o investimento que fez nele”.

No caso do FC Porto, ele prevê que “o Diogo Costa é uma venda inevitável. Não porque tenha feito uma grande época, porque não esteve ao nível a que nos habituou, mas porque já está a chegar ao final do ciclo dele em Portugal”. Ele acentua a importância de construir a equipe em torno de talentos como Rodrigo Mora.

A Gestão dos Clubes

A gestão do Sporting foi elogiada por Boa Alma, que afirmou: “O Sporting fez a aposta de manter os jogadores. Conseguir que Hjulmand ou Trincão fiquem na segunda época é sensacional”. Ele considera que a estabilidade e a resistência ao assédio do mercado são pontos chave para o sucesso do clube.

Em contraponto, criticou o modelo do Benfica: “Eu tenho sido um grande crítico da gestão do Benfica nos últimos anos. Nos últimos seis anos, o Sporting tem três títulos, o FC Porto dois, o Benfica um”. Ele sublinha a discrepância entre o investimento e o retorno, levando a uma política desportiva errática que resulta na falta de sucesso e no aumento de empréstimos.

Juventude e Oportunidades no Benfica

Boa Alma ainda se mostrou perplexo com a falta de aproveitamento dos jovens jogadores sob a tutela de Bruno Lage, destacando que “não faz o mínimo sentido” não terem emergido talentos da formação. Ele propõe que o Benfica deva abrir mais espaço para jovens como Leandro Santos e João Rêgo, que possuem potencial mas não têm tido oportunidades.

Conclusivamente, Boa Alma acredita que o FC Porto fará movimentos significativos no mercado: “Sim, acho que o Porto vai investir e vai investir valores significativos. Pelo menos quatro, cinco jogadores importantes irão entrar... precisam de melhorar a qualidade”.

O Futuro dos Clubes Menores

Ele também expressou otimismo sobre o desempenho de clubes menores, como o Casa Pia e o Santa Clara, que apesar de desafios, conseguiram manter a base de seus plantéis, o que é crucial para o sucesso a longo prazo. “Oxalá que tenham sucesso nas eliminatórias das competições europeias, por isso têm de ter mais soluções no plantel”.

Esta atenção à continuidade e à construção cuidadosa pode ser uma lição valiosa para todos os clubes em Portugal, independente de seu tamanho ou orçamento.

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