Rúben Vinagre, atualmente no Legia Varsóvia, recordou a sua passagem pelo Sporting numa entrevista, abordando temas como a sua relação com Ruben Amorim e um jogo da Champions que o marcou. O lateral expressou o seu carinho pelo clube e a confiança no futuro do Sporting.
Apesar de alguns contratempos, Vinagre não guarda ressentimentos e mantém-se atento ao desempenho dos leões, com quem mantém contacto. O jogador abordou ainda a sua transferência, a recuperação de uma lesão e a importância de Ruben Amorim na sua carreira.
Ligação ao Sporting
“Trabalhei com grandes jogadores, com uma grande equipa técnica. Joguei no clube do meu coração”, começou por afirmar Vinagre, vincando a sua ligação aos leões: “Desde que nasci. Joguei no clube do meu coração, joguei em Alvalade, realizei um sonho de criança. O sonho da minha família também, portanto…”.
Apesar de nem tudo ter corrido como esperado em Alvalade, Vinagre não guarda ressentimentos: “Não, não ficou. Claro que gostava que as coisas tivessem sido escritas de outra forma, mas se foi assim é porque tinha de ser assim. E é como digo, não guardei mágoa. E fiquei feliz de ter acontecido.”
Acompanhamento e Confiança
O lateral mantém-se atento ao Sporting: “Sim, sim.”, e mantém contacto com alguns jogadores: “Com alguns, com o Pote, o Nuno Santos, o Dani [Bragança] também.”.
Questionado sobre o campeonato, Vinagre mostra-se confiante: “Estou, estou. Sim, principalmente ali o Sporting e o Benfica. Vai ser uma boa reta final de campeonato. Acho que vai ser interessante.”. Para Vinagre, “Favoritismo... não sei. Mas o Sporting com todos a 100%, na minha opinião, tem o melhor plantel.”
Jogo frente ao Ajax e Transferência
Um dos momentos mais comentados da passagem de Vinagre pelo Sporting foi a derrota frente ao Ajax, em 2021. Sobre esse jogo, o jogador desvaloriza o impacto pessoal: “Se fiquei marcado ou não, não sei. O certo é que depois disso, claro, os meus minutos reduziram muito... Mas depois tive uma lesão que ainda reduziu mais, que me tirou dois meses. Foi muito por o acumular disso, esse jogo ter ficado como uma das últimas imagens antes da lesão, que depois tirou-me a capacidade de mudar essa imagem que se calhar a equipa técnica criou ali daquele jogo... Acho que pode ter sido um bocado por causa disso.”.
Vinagre minimiza a influência de Antony nesse jogo: “Não, sinceramente não acho. Porque, se não me engano, eu saí e o resultado estava 1-2. O Antony é um grande jogador, mas joguei contra jogadores muito mais fortes e bastante melhores. Simplesmente é normal haver jogos maus. Acho que esse jogo marcou mais as pessoas do que a mim. Na altura sim, hoje em dia não. São coisas que acontecem. Um jogo que me senti mesmo mal foi esse.”.
O valor da sua transferência também não o afetou: “Em mim posso dizer que não pesou, porque gosto de ter essa responsabilidade. Só tem essa responsabilidade quem é bom. E, na minha opinião, é simples: só quem tem pressão é quem é bom. Se eles meteram essa pressão em mim é porque acreditaram que eu era bom. Se depois pesou no que se passou, isso não faço ideia. Senti que no Sporting, depois da lesão, nunca pude lutar para voltar a mostrar o meu verdadeiro valor.”.
Lesão e Ruben Amorim
A recuperação da lesão não foi fácil: “Porque a lesão não ficou bem tratada, acabei por ser operado depois, mais tarde, no ano a seguir. Só depois dessa operação é que senti, ok, estou a voltar ao meu nível.”.
Antes de assinar pelo Legia, Rúben Vinagre “Sinceramente, era o que eu queria quando fui para lá.”.
O lateral recordou ainda a importância de Ruben Amorim na sua ida para Alvalade: “Sim, sem dúvida.”. E acredita no sucesso do treinador no Manchester United: “Não tem uma tarefa fácil mas sinceramente eu acho que vai acabar por correr bem.”.