A maior incerteza para este jogo prendia-se com a estrutura tática com que o Benfica se apresentaria em campo. Contudo, tal como Ruben Amorim anteviu, o Benfica voltou ao seu esquema mais rotinado com uma linha de quatro, adaptando Aursnes a lateral direito e Morato a lateral esquerdo. Do lado do Sporting, não houve surpresas.
As duas equipas entraram com a intenção clara de pressionar alto a fase de construção adversária. O jogo foi uma constante batalha entre o sucesso da pressão e a capacidade de ambos os times saírem dessa pressão com sucesso. O Benfica teve melhores momentos inicialmente, com boa capacidade de pressão e reação à perda de bola. Já o Sporting tentou pressionar com Matheus Reis mais adiantado e com Pedro Gonçalves a criar linhas mais próximas de Gyökeres.
O Benfica contou com a mobilidade dos seus jogadores para superar a pressão do Sporting. Destaque para a capacidade de Rafa Silva em ligar com o meio-campo e para Neves em ultrapassar a pressão adversária. Por outro lado, a pressão do Benfica foi focada em pressionar a construção a três do Sporting, com um dos alas a subir para pressionar o defesa mais aberto.
O Sporting conseguiu crescer no jogo quando começou a desbloquear a pressão do Benfica em construção curta. A equipa leonina foi capaz de atrair os jogadores encarnados, criando situações de jogadores livres nas costas da primeira linha de pressão. O jogo manteve-se equilibrado, com várias perdas de bola e momentos de transição.
A segunda parte começou com o Sporting a assumir mais a posse de bola e a desbloquear a pressão do Benfica. O Benfica fez alguns ajustes para explorar mais o corredor direito e conseguiu obter vantagem após a expulsão de Inácio. O Sporting teve que se reorganizar e baixar as linhas, permitindo ao Benfica dominar o jogo e tentar empurrar o adversário para a sua baliza.
O Benfica continuou a apostar no corredor direito, mas o Sporting manteve a sua capacidade defensiva e evitou situações claras de golo. No entanto, nos descontos, o Benfica virou o resultado numa bola parada, aproveitando um lance de cruzamento sobre o lado direito.
O dérbi entre Benfica e Sporting foi decidido por cinco ideias táticas chave: a estrutura tática do Benfica, a pressão alta de ambas as equipas, a capacidade de desbloquear a pressão em construção curta, os ajustes táticos na segunda parte e o aproveitamento das bolas paradas.