Roberto Martínez: Apostando no futuro ou esquecendo o presente?

  1. Roberto Martínez tem apostado fortemente nos jovens jogadores portugueses na Seleção Nacional
  2. Alguns especialistas consideram que Martínez pode estar a ir longe demais nesta estratégia, esquecendo-se de convocar jogadores experientes
  3. Nomes como Florentino e Raphael Guerreiro têm sido menos convocados do que alguns jovens com menos minutos e projeção internacional
  4. Convocar jogadores menos experientes em detrimento de internacionais consagrados como Rúben Neves ou Trincão pode enfraquecer a competitividade da Seleção

Um novo rumo para a Seleção Nacional


A chegada de Roberto Martínez à Seleção Nacional Portuguesa trouxe uma nova abordagem, com um foco especial nos jovens jogadores portugueses. Esta estratégia tem sido vista de forma positiva por muitos, pois demonstra a preocupação do selecionador em rejuvenescer a equipa e preparar o futuro. No entanto, alguns especialistas argumentam que Martínez pode estar a ir longe demais nesta aposta, esquecendo-se de convocar jogadores experientes que poderiam trazer um valor acrescentado importante.

A aposta nos jovens


É bom o selecionador estar atento aos jovens, mas convém não esquecer jogadores que deveriam estar bem mais perto da convocatória, como Florentino ou Raphael Guerreiro, referiu um comentador desportivo. De facto, nomes como o do médio do Benfica e do lateral do Bayern Munique têm sido recorrentemente menos convocados do que alguns jovens que têm tido menos minutos e projeção internacional.


Durante a última conferência de imprensa, Martínez chegou mesmo a mencionar que já estava a acompanhar o jovem Quenda, do Sporting, desde janeiro deste ano, antes mesmo da sua estreia pela equipa principal. Está a crescer muito, elogiou o selecionador sobre o jogador que deverá reforçar o Chelsea no futuro. Apesar de este tipo de reconhecimento público poder ser motivador para os jovens, alguns adeptos questionam se não seria mais justo dar oportunidades a jogadores que vêm colecionando exibições de elevado nível nas principais equipas portuguesas.

Equilibrar a seleção


Convém, porém, não levar as coisas longe demais, e acho que Martínez está a fazê-lo. Gostaria de poder ter convocado João Simões e Rodrigo Mora? Deu a entender que só não o fez porque estão lesionados. Mas para os convocar, numa lista já alargada a 26, quem teria ficado de fora? Rúben Neves e Trincão? A sério?, questionou um comentador. De facto, convocar jogadores menos experientes em detrimento de internacionais consagrados como Neves ou Trincão poderá ser excessivo, correndo-se o risco de enfraquecer a competitividade da Seleção.


Para além disso, jogadores como Florentino ou Pedro Gonçalves (atualmente lesionado) vêm sendo titulares indiscutíveis nos dois principais candidatos ao título em Portugal, o Benfica e o Sporting, sem que isso se traduza em chamadas regulares à equipa nacional. Afinal, é preciso fazer milagres para ser convocado ou basta ter menos de 18 anos?, questiona um outro comentador.

O caso de Raphael Guerreiro


O caso de Raphael Guerreiro também tem sido alvo de críticas. O lateral do Bayern Munique não é titular indiscutível no clube alemão, mas tem tido um impacto importante sempre que entra em campo. No entanto, Martínez informou, em setembro, que tinha decidido, em conjunto com o jogador, que este não seria convocado no primeiro semestre da temporada, para se focar num trabalho físico preventivo de lesões. Ora, estamos já no segundo semestre e Guerreiro continua ausente, apesar de não ter qualquer problema físico.


Raphael Guerreiro não é titular indiscutível do Bayern, mas tem jogado com bastante regularidade (e com alto rendimento), e sem problemas físicos, ao contrário de muitos dos 26 convocados desta lista, alguns, como Renato Veiga ou Francisco Conceição, parados há várias semanas. E para além de atuar a lateral-esquerdo, tem jogado também como defesa-direito e no meio-campo, mostrando uma polivalência que muito jeito poderia dar à Seleção, argumenta um observador.

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