No discurso de abertura da Assembleia Geral, Frederico Varandas destacou a importância da maioria do capital da SAD estar nas mãos dos sócios do Sporting, afirmando que o futuro do clube está garantido. No entanto, o presidente do clube pretende ir mais além e implementar o voto eletrónico à distância, de forma a permitir que todos os sócios possam exercer o seu direito de voto em igualdade de circunstâncias, independentemente da sua localização geográfica ou disponibilidade financeira.
No entanto, esta proposta tem sido alvo de críticas e receios por parte de alguns sócios. Varandas rejeita estas preocupações, afirmando que o maior risco para o Sporting é ter apenas alguns poucos sócios a decidirem pelos mais de 140 000. O presidente do clube destaca ainda o facto de o número de sócios com as quotas em dia ser o mais alto da história do Sporting, o que demonstra a grande militância e envolvimento dos adeptos com o clube.
Apesar das críticas, Varandas argumenta que a introdução do voto eletrónico à distância é uma evolução natural e necessária para o clube. O presidente do Sporting compara esta medida com a revolução digital no setor bancário, afirmando que, no passado, as pessoas tinham receios em relação a fazer transações online, mas hoje em dia isso é feito com naturalidade e segurança. Varandas defende que o Sporting tem o poder de liderar essa evolução e garantir a participação de todos os sócios.
No entanto, os críticos da proposta levantam preocupações em relação aos riscos associados ao voto eletrónico à distância. Teme-se que possa haver vulnerabilidades no sistema que possibilitem a manipulação dos resultados ou a violação da privacidade dos votantes. Varandas desvaloriza estes receios, afirmando que o voto eletrónico à distância só será implementado através de uma empresa externa e independente, com experiência comprovada no mercado.
A decisão final sobre a implementação do voto eletrónico à distância será tomada pelos sócios do Sporting na Assembleia Geral. Independentemente do desfecho desta votação, é certo que o debate em torno desta proposta reflete o desejo de maior participação e envolvimento dos sócios, bem como a necessidade de adaptação do clube aos avanços tecnológicos.