Onze da Minha Vida

  1. Maradona, Messi, Redondo, Zidane, Roberto Carlos e Maldini dificilmente ficariam de fora
  2. É a força da técnica contra a técnica da força
  3. Ronaldo Fenómeno «espalhou força e drible» e «levitava sobre os carris a desenhar ésses»
  4. Marco van Basten representava a «elegância e inteligência» no jogo
  5. «Não estávamos preparados. Eu não estava» para o final precoce da carreira de Van Basten

Introdução


Muitas vezes reflito sobre a minha equipa ideal de futebol, os melhores jogadores que vi jogar em cada posição. Chegar a uma conclusão definitiva é uma tarefa árdua, pois a memória acumulada de tantos heróis em décadas de futebol torna-se uma espécie de caderneta de cromos repleta.

Nomes como Maradona, Messi, Redondo, Zidane, Roberto Carlos e Maldini dificilmente ficariam de fora, mas seleccionar apenas um ponta-de-lança entre duas autênticas lendas como Marco van Basten e Ronaldo "O Fenómeno" é uma escolha quase impossível.

Elegância e Força


Van Basten representava a elegância e inteligência no jogo, enquanto Ronaldo espalhava força e dribles inesgotáveis. «É a força da técnica contra a técnica da força», diria o saudoso Gabriel Alves. Mas no caso destes dois craques essa dicotomia não era assim tão vincada.

O holandês era pura leveza, resistindo até ao limite a um futebol cada vez mais físico e canibal que lhe roubou os últimos anos da carreira. Já o brasileiro com a sua musculatura imponente parecia levitar sobre os relvados, desenhando dribles e «ésses em Caminhos de Santiago cheios de retas e obstáculos», nas palavras do autor.

Ronaldo, o Fenómeno


A explosão de Ronaldo «Fenómeno» foi meteórica, com exibições de loucos em Mundiais e Europeus. Mas também o seu joelho «implodiu debaixo de toda aquela musculatura», após um regresso de lesão, num momento que abalou todo o Olímpico.

Apesar disso, o craque brasileiro consagrou-se mais tarde, «já com um penteado duvidoso», erguendo a Taça do Mundo, mostrando que «dele não se tinha visto tudo».

Marco van Basten, a Elegância Arruinada


O holandês era «cirúrgico a finalizar» e «genial à sua maneira», mas a carreira de Van Basten foi «demasiado cedo» interrompida pelas lesões. «Não estávamos preparados. Eu não estava», lamenta o autor.

A imagem do avançado holandês tocando «o céu, em êxtase» com golos antológicos ficará para sempre na memória de todos os fãs do futebol.

A Ascensão dos Avançados Nórdicos


Numa época em que os defesas se tornaram mais técnicos e menos físicos, uma nova geração de avançados altos e fortes vem conquistando cada vez mais espaço no futebol europeu.

Jogadores como Gyokeres, Harder, Pavlidis, Samu, Lewandowski, Kane, Wind, Poulsen, Sorloth e Haaland são alguns exemplos desta tendência, com a Escandinávia a afirmar-se como o novo «El Dorado» deste tipo de jogadores.

O Futebol é Feito de Ciclos


Como afirma o autor, «o futebol é feito de ciclos» e «o passado cruza-se várias vezes com o presente e vice-versa». Basta olhar para a História do futebol para perceber que é uma «serpente que engole a própria cauda».

Quem antecipa estas mudanças de paradigma e consegue contratar os jogadores certos na altura ideal, estará «sempre mais perto de vencer mais vezes ou de encher os cofres com muitos milhões».

Conclusão


Seleccionar um onze ideal de futebol é uma tarefa quase impossível, dada a riqueza de opções acumuladas ao longo das décadas. Mas é um exercício apaixonante que nos leva a revisitar momentos e jogadores inesquecíveis, num constante cruzamento entre o passado e o presente do futebol.

Bruno Lage e Vítor Bruno anteviram o clássico Benfica-FC Porto

  1. Bruno Lage deixou um aviso aos rivais: «Clássico? Amanhã temos de reagir à Benfica perante os nossos adeptos»
  2. Vítor Bruno disse que a derrota do FC Porto frente à Lazio «foi porque a equipa queria muito vencer o jogo»
  3. Vítor Bruno reconheceu que o menor tempo de recuperação face ao rival é «sempre um constrangimento»
  4. Vítor Bruno afirmou que «a margem de erro para um clube como o FC Porto é sempre zero, é sempre ganhar ou ganhar»