Uma novela que se arrasta
O Sporting continua à procura do avançado ideal para complementar Gyokeres esta época e substituí-lo na próxima. O departamento de prospeção, o treinador Rúben Amorim e a estrutura de futebol identificaram em Ioannidis as características perfeitas para esse papel, e por isso têm feito tudo o que está ao seu alcance para contratar o jogador do Panathinaikos.
Sem mencionar diretamente o nome de Ioannidis, Amorim falou esta sexta-feira sobre o processo de contratação. Afinal, a novela já se arrasta há mais de um mês e faltam apenas duas semanas para o fecho do mercado. Paulinho saiu e as alternativas a Gyokeres limitam-se a Rodrigo Ribeiro e Rafael Nel - ambos lesionados no momento, o que levou o treinador a convocar o jovem Gabriel Silva, de 17 anos, para o jogo deste sábado com o Nacional.
Estratégia dos leões
Mas o Sporting não irá buscar um avançado qualquer só para fazer número. Amorim defendeu a estratégia dos leões, considerando tratar-se do «caminho certo», embora admitindo que comporte algum risco - apesar da confiança em Alvalade, nada garante que o Panathinaikos aceite vender o jogador, sobretudo porque já terá recusado abordagens superiores aos valores a que o Sporting pode chegar.
«É preciso dar o benefício da dúvida ao clube», afirmou Amorim. Há um ano, a novela Gyokeres não foi muito diferente, embora tenha sido resolvida mais cedo, e o impacto do sueco na conquista do título mais do que justificou a insistência.
Lições a aprender
Para um clube como o Sporting (como qualquer outro dos candidatos ao título em Portugal), é fundamental acertar nas contratações, porque o dinheiro escasseia. Certo, por vezes é possível reparar os danos com uma venda rápida que permita recuperar o investimento todo, ou quase. Mas na maior parte dos casos o insucesso na aquisição dum jogador tem consequências no valor de mercado.
Mesmo assim, muito melhor está a situação em Alvalade do que no Dragão (vide Carmo, David) ou na Luz (vide Cabral, Arthur). Também porque, como dizia Amorim ontem, o clube insiste nos jogadores que identifica e não anda sempre à procura de «segundas ou terceiras opções».