Após nove temporadas ao serviço do Sporting, o defesa central uruguaio Sebastián Coates decidiu abandonar o emblema verde e branco para representar o Nacional, no seu país natal. Antes da sua despedida final, o jogador de 33 anos deu uma entrevista aos meios de comunicação do clube onde abordou os melhores e piores momentos da sua ligação aos leões, bem como os motivos que o levaram a tomar a decisão de sair.
Durante a sua longa passagem pelo Sporting, Coates deixou uma marca indelével, tornando-se no jogador estrangeiro com mais jogos disputados pelo clube. A sua saída representa o fim de uma era, mas também a celebração de uma carreira marcada pela entrega e dedicação aos cores do Sporting.
O amor pelo Sporting
Coates destacou o seu «amor pelo Sporting», afirmando que «nunca tinha estado num clube onde o objetivo maior foi falhado durante quase vinte anos e os adeptos sempre nos apoiaram e acreditaram nas equipas. Não há muitos lugares onde se veja isso». O jogo mais especial que viveu pelos leões foi o do Gil Vicente, fora, em 2021, pois «pelo que significava esse jogo para mim, pelas coisas que se estavam a passar a nível pessoal, mas também porque estávamos a perder e muito perto de conseguir o nosso objetivo. Consegui ajudar a equipa com um papel que normalmente não tinha, ao marcar dois golos».
O momento mais difícil
Quanto ao momento mais difícil nas nove temporadas, Coates destacou o jogo com o Rio Ave, em 2019/20, quando cometeu três penáltis. «A nível pessoal, sim, mas como grupo foi a final da Taça de Portugal contra o Desportivo das Aves [2017/18, altura da invasão a Alcochete] por muita coisa que tinha acontecido. Merecíamos ganhar essa Taça», afirmou.
A homenagem e a despedida
O jogador foi homenageado por ser o jogador estrangeiro com mais jogos pelo Sporting, revelando que «Já estava com a roupa para treinar e tudo porque tínhamos treino aqui em Alvalade. Achei estranho não estar ninguém no balneário. Quando subi foi uma das coisas mais bonitas que vivi aqui. Estavam figuras do Sporting, os meus companheiros, a minha família e muita gente que está no dia-a-dia connosco».
Sobre a sua decisão de sair do clube, Coates afirmou que «O dia em que tomei a decisão foi um dos mais difíceis da minha vida, sem dúvida. Tenho muitas coisas aqui, passei muitos anos no clube, conheço-o. No entanto, quando tomo uma decisão, seja correta ou não, faço o que acredito que seja melhor para a minha vida e para a minha carreira. Por muito que me custe, acho que é a decisão correta».
A sua despedida no Torneio Cinco Violinos foi «difícil por tudo o que vivi aqui, no clube e neste balneário. Conquistas, não-conquistas, diferentes colegas de equipa e treinadores. É muito difícil e vai custar-me muito. Vai ser difícil para mim e para a minha família, mas tudo tem, infelizmente, um fim. Para mim, tive o melhor final, ao ser campeão».
O melhor jogo e o onze ideal
Coates revelou ainda que o seu melhor jogo na condição de visitante em Portugal foi «o Dragão» e que o seu melhor onze com quem jogou no Sporting seria composto por Antonio Adán, Luís Neto, Sebastián Coates, Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio/Pedro Porro, Ugarte, João Palhinha, Nuno Mendes, Bruno Fernandes, Pedro Gonçalves e Paulinho.