A Espanha conquistou o Campeonato da Europa de 2024 de forma merecida, após uma campanha dominante em que venceu os sete jogos que disputou, superando adversários de topo como Croácia, Itália, Alemanha, França e Inglaterra.
O triunfo da seleção espanhola surpreendeu muitos, incluindo o autor deste artigo, que não a tinha como uma das principais candidatas ao título antes do início da competição, colocando França, Inglaterra e Portugal numa posição mais favorável. No entanto, após ver o primeiro jogo da Espanha contra a Croácia, rapidamente se apercebeu que estava perante um verdadeiro candidato ao título.
Uma «equipa de autor»
A Espanha foi, de facto, a melhor equipa do torneio, apresentando o melhor futebol e proporcionando os melhores espetáculos. A seleção liderada por Luis De la Fuente foi descrita como «uma equipa de autor», com o técnico basco a conseguir implementar a sua ideia de jogo e a fazer com que os jogadores acreditassem nela.
De la Fuente apostou nos jovens talentos e essa aposta revelou-se um sucesso. O treinador «simplificou os processos e escolheu os jogadores que considerou mais adequados para os interpretar», criando uma equipa sem «vacas sagradas» e onde «ninguém se sentia superior a ninguém».
Uma seleção «fome» e disciplinada
Esta seleção espanhola fez lembrar o Sporting de Rúben Amorim e o FC Porto de José Mourinho, pela «fome» e disciplina demonstradas pelos jogadores, que «sabiam bem o que tinham de fazer para que o coletivo funcionasse». Exemplos disso foram Dani Olmo, que se afirmou como um dos melhores jogadores do torneio, e Oyarzabal, autor do golo do título.
De la Fuente «descomplicou um bocadinho o futebol», com a seleção a apresentar um 4-3-3 «bem agressivo, alegre, ofensivo e disciplinado», distante do estilo da escola Barcelona e mais próximo do meio-campo à imagem do FC Porto, com um 6, um 8 e um 10.
«Obrigado, Espanha», concluiu o autor, rendido à exibição da seleção espanhola, que conquistou o título europeu de forma justa e merecida.