O Euro 2024 chegou ao fim para a Seleção Nacional Portuguesa, deixando um sabor amargo aos adeptos que esperavam mais da equipa das Quinas. No entanto, para além do desempenho em campo, outro aspeto que tem sido alvo de críticas é a falta de comunicação e conexão entre a equipa e os seus seguidores.
Segundo o colega Nélson Feiteirona, «ver a Seleção era como ir ao cinema», o que demonstra a distância que se criou entre a equipa e os adeptos. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não conseguiu cultivar uma verdadeira relação entre a Seleção e os seus fãs, limitando-se a colocar bandeiras nos estádios durante os jogos.
Falta de promoção e divulgação
Ao contrário de outras seleções, como a Ucrânia e a Espanha, a Seleção Portuguesa não produziu qualquer vídeo de promoção com os convocados para o torneio. Além disso, as informações sobre o dia a dia da equipa no hotel Klosterpforte, em Marienfeld, foram escassas. Os adeptos tiveram acesso apenas a alguns vídeos soltos de treinos e jogadores a realizar atividades, como João Félix e João Neves a jogar bilhar, ou Rúben Neves no ténis de mesa.
Exemplos de outras seleções
Enquanto isso, as seleções vizinhas, como a Espanha, souberam aproveitar melhor os seus ativos e abrir-se ao mundo, mostrando, por exemplo, Álvaro Morata a cozinhar uma carbonara ou a amizade entre Nico Williams e Lamine Yamal. Até dos suíços se sabe quem é o contacto mais famoso que têm no telemóvel e que o Ed Sheeran foi cantar para os ingleses.
Segundo o autor, a FPF deveria aprender com estes exemplos, especialmente tendo em conta a parceria para organizar o Mundial 2030. Com uma Seleção tão cheia de estrelas, era obrigação da Federação mostrar mais daquilo que só ela controla, tal como acontece atualmente com os clubes.