O mundo do desporto português fervilha com dois grandes acontecimentos: a notável prestação de Nuno Borges no ATP Challenger 175 de Phoenix e o aguardado reencontro entre Cristiano Bacci e o Boavista. Borges, o talentoso tenista português, continua a somar sucessos, enquanto Bacci prepara-se para desafiar o seu antigo clube num jogo que promete ser eletrizante.

Em terras do Arizona, Nuno Borges solidifica o seu estatuto como um dos maiores nomes do ténis nacional. Já em Portugal, o futebol ganha contornos dramáticos com o embate entre o Moreirense, agora liderado por Cristiano Bacci, e o Boavista, o clube que o viu regressar ao futebol português. Dois palcos, duas modalidades, mas uma paixão comum: o desporto.

Nuno Borges Brilha em Phoenix

Nuno Borges, número um nacional no ranking de ténis, garantiu a sua presença nas meias-finais do ATP Challenger 175 de Phoenix, no Arizona, pelo terceiro ano consecutivo. O tenista português venceu o encontro dos quartos de final contra o americano Colton Smith, com um resultado de 2-0 e parciais de 6-4 e 6-4, num jogo que durou uma hora e 15 minutos.

Borges, que detém o 36.º lugar no ranking mundial e é o principal cabeça de série do torneio, confirmou o seu favoritismo perante Smith, que ocupa a 261.ª posição no ranking ATP. O tenista português venceu em dois sets, quebrando o serviço do adversário no décimo jogo do primeiro set, garantindo a vantagem com um parcial de 6-4 em pouco mais de meia hora.

Caminho Para a Glória no Arizona

No segundo set, Borges conseguiu chegar ao break por duas vezes, mas Colton reagiu, empatando o jogo. Nuno Borges, treinado por Rui Machado, assegurou a vitória e o acesso às meias-finais no décimo jogo.

Com este resultado, Borges soma a sua 12.ª vitória consecutiva no Arizona Tennis Classic, disputado em piso rápido. Nas meias-finais, irá defrontar o vencedor do encontro entre o francês Corentin Moutet, 79.º no ranking, e o cazaque Alexander Bublik, 82.º, para apurar o seu próximo adversário.

O Regresso de Bacci: Um Capítulo Inesperado

No futebol, o Moreirense e o Boavista preparam-se para um confronto marcado pelo reencontro entre Cristiano Bacci e o clube do Bessa. A passagem de Bacci pelo Boavista, embora não tenha sido longa, ficou marcada pelo regresso do treinador ao futebol português. Apesar das dificuldades, o técnico italiano foi elogiado pelos seus pares.

A separação entre Bacci e o Boavista aconteceu no início de fevereiro, mas o treinador italiano não tardou em encontrar um novo desafio. Agora, Bacci prepara-se para defrontar o seu antigo clube, este domingo, em Moreira de Cónegos. O zerozero fez uma análise da passagem de Bacci pelo Boavista, recordando os principais momentos da sua passagem pelo clube.

Boavista: Uma Missão Inacabada

Cristiano Bacci foi anunciado como treinador do Boavista a 14 de junho, com a confirmação a ser formalizada cinco dias depois. O técnico italiano posou ao lado de Fary Faye, tendo o estádio do Bessa como pano de fundo. Bacci, que já tinha passagens pelo futebol português, nomeadamente pelo SC Olhanense, e que foi adjunto de Razvan Lucescu, foi apresentado aos adeptos do Boavista como um treinador apologista de um futebol prático, objetivo e organizado. Logo na sua apresentação, Bacci mostrou-se confiante, afirmando que este era «o clube certo para voltar a ser treinador principal».

No entanto, o otimismo inicial rapidamente esbarrou com uma realidade difícil. O Boavista, devido a sanções financeiras, estava impedido de inscrever reforços desde o verão de 2022/23. A situação agravou-se com a saída de jogadores importantes como Pedro Malheiro e Bruno Lourenço, forçando Bacci a recorrer aos jovens da formação. Apesar das limitações, a equipa lutou e mostrou garra em alguns momentos, mas os resultados não foram os esperados.

Confronto Decisivo em Moreira de Cónegos

Perante uma espiral descendente, a pressão aumentou e, a 8 de fevereiro, o Boavista anunciou a saída de Cristiano Bacci. A decisão surpreendeu muitos, não tanto pelo desempenho da equipa, mas pelo timing. Quatro dias depois, o clube foi autorizado a inscrever jogadores sem contrato, algo que Bacci desejou durante o tempo em que esteve no comando técnico. Jogadores como Van Ginkel, Kurzawa, Sidoine e Diaby chegaram ao clube, mas Bacci já não estava lá para os receber.

A direção do Boavista optou por um novo ciclo, com Lito Vidigal a assumir o comando técnico. No entanto, o destino reservou um novo capítulo para esta história, com Bacci a encontrar um novo desafio no Moreirense, após a saída de César Peixoto.

O calendário da Liga agendou um confronto entre o Moreirense de Bacci e o Boavista, num momento crucial para ambas as equipas. Este fim de semana, o Boavista joga mais do que três pontos, numa altura em que a equipa se encontra numa posição delicada na tabela. Do outro lado estará um treinador que conhece bem as dificuldades vividas no balneário do Bessa.

O reencontro está marcado e o futuro do jogo será ditado pelos 90 minutos em campo.