Jonathan Buatu, defesa central do Gil Vicente, partilhou a sua perspectiva sobre a temporada 2024/25, enfatizando as dificuldades enfrentadas pela equipa e a evolução que resultou dessas adversidades. “Foi uma época longa, com muitas mudanças e adversidades, na qual houve um crescimento geral. Passámos momentos complicados e outros bons, mas, na parte final, houve evolução coletiva que nos fez garantir a manutenção,”
destacou o jogador, que se tornou uma das vozes de experiência do plantel.
Chegando ao clube há uma época e meia, Buatu reconheceu a importância de solidificar a experiência dentro da equipa. Segundo ele, “temos muito talento e qualidade, mas falta alguma experiência. Isso só se ganha com jogos, com minutos e com aprendizagem. Se conseguirmos manter esta base atual, vamos crescer e fazer uma boa próxima época.”
Desafios e Evolução
O percurso da equipa também passou por mudanças no comando técnico, e Buatu notou a contribuição positiva de ambos os treinadores. “Os dois foram bons. Com o Bruno tivemos aquela série de sete jogos sem perder. Com o César também tivemos bons momentos,”
referiu ele, indicando que tanto Bruno Pinheiro quanto César Peixoto deixaram a sua marca na evolução da equipa.
A continuidade de César Peixoto é vista como um fator de estabilidade para o defesa. “Espero que seja uma época mais tranquila. Desde que cheguei, estivemos sempre a lutar até ao fim pela manutenção, com muita pressão. Gostava que, na próxima época, conseguíssemos olhar mais para cima do que para baixo na tabela,”
confessou Buatu, refletindo sobre a pressão constante que a equipa enfrentou.
Momentos Marcantes da Temporada
Entre os melhores momentos da temporada, Buatu destacou a vitória marcante por 3-1 sobre o FC Porto, mas também sublinhou a importância de triunfos na fase final que garantiram a manutenção. “O jogo contra o Boavista, no Bessa, foi muito importante para quebrar uma série sem vitórias. E depois o triunfo em casa, contra o Farense, que nos deu aquela sensação de que a manutenção estava quase garantida,”
lembrou.
Num ponto de vista mais pessoal, Buatu também falou sobre o seu desempenho contra alguns dos melhores avançados do campeonato. “Acabei por ter um bom desempenho ao marcar Viktor Gyökeres, que, para mim, é o melhor avançado do campeonato. Foi dos mais difíceis de enfrentar, a par do Victor Osimhen [avançado nigeriano do Galatasaray], quando joguei em França,”
comentou, o que denota a sua experiência e qualidade em campo.
A Liderança de Buatu
Com a saída anunciada do capitão Rúben Fernandes, Buatu sente que a responsabilidade de liderança agora recai sobre os seus ombros. “O Rúben era muito importante. No último jogo, em que ele não esteve, senti que a responsabilidade estava mais nos meus ombros. Faz parte, e eu assumo isso com naturalidade,”
concluiu o defesa angolano, que está pronto para se tornar uma referência central no plantel.
Buatu não só reflete sobre os desafios do passado, mas também sobre a ambição de um futuro promissor que ele espera para a equipa na próxima época. Com a experiência adquirida e lições aprendidas, tanto o jogador como o plantel estão prontos para encarar a próxima temporada com uma nova perspectiva.