A Taça de Portugal sempre gera emoções intensas e reações variadas entre os treinadores. David Maside, técnico do Sintrense, reflete sobre a vitória da sua equipa contra o Rio Ave, afirmando: “A equipa está eufórica, os jogadores estão extremamente motivados. Há que desfrutar deste momento, mas amanhã temos de começar a concentrar-nos no nosso campeonato, onde queremos subir de divisão e vamos trabalhar para isso.”
Na sua análise sobre o desafio que se aproxima com o FC Porto no Dragão, Maside é claro nas suas intenções: “A Taça de Portugal é um contexto diferente e não é um fantasma ir ao Dragão. Vamos aproveitar ao máximo, viver o que é a elite do futebol.” Essa afirmação destaca não apenas a confiança do treinador, mas também o espírito da sua equipa. Para ele, o caminho até lá é de preparação metódica: “Faltam três semanas e vamos trabalhar até lá. Jogar no Dragão é um prémio gigantesco, ainda estamos a digerir esta vitória e agora vamos usufruir deste momento. Temos tido dificuldade em ser consistentes no campeonato, mas somos muito unidos e esse é o segredo.”
Ian Cathro e a pressão da crítica
Por outro lado, a vitória do Estoril sobre o Belenenses por 2-1 na mesma competição trouxe um ar de descontentamento ao seu treinador, Ian Cathro. Apesar do triunfo, Cathro não esboçou sorrisos e disparou afirmações enigmáticas sobre a pressão da crítica: “Os adeptos criticam? Hoje? Não concordo que o resultado tenha sido melhor do que a exibição. Não vi as críticas dos adeptos, onde viram isso?” Essa atitude poderá gerar questionamentos sobre a relação entre a equipa e os seus apoiantes.
Cathro prosseguiu, ressaltando a necessidade de controle em campo: “O Ferro sentiu um bocadinho desconforto, ainda não tenho informações da equipa médica, mas parece que não é nada grave. Houve jogadores menos utilizados que mostraram a sua qualidade. Ganharam mais experiência para poderem ajudar a equipa.”
A identidade do Belenenses
No entanto, não só o Estoril lutou durante este jogo; o Belenenses, apesar da derrota, demonstrou determinação e garra. Tiago Zorro, técnico do Belenenses, elogiou a identidade da sua equipa: “Fizemos um bom jogo, dentro da nossa identidade, com o nosso ADN, jogámos para ganhar.” Ele mostrou orgulho pelos seus jogadores, apesar das dificuldades encontradas durante o jogo: “Depois de termos feito o 1-1 baixámos mais as linhas, tivemos mais dificuldades, mas tivemos uma bola para fazer o 2-1 e não fizemos. Não devíamos ter sofrido um 2-1 numa transição da outra equipa, mas estou orgulhoso pelo que os jogadores fizeram.”
Zorro enfatizou a importância de redirecionar o foco após a Taça de Portugal: “O campeonato é o nosso grande objetivo. Aqui jogamos sempre para vencer, seja contra o adversário que for. Vamos agora focar-nos no campeonato.” Reconhecendo o desafio que ainda está por vir, ele destacou a necessidade contínua de melhorias: “Não vai ser sempre um caminho fácil, mas é continuar o que temos feito.” Esta determinação de levar a equipa adiante demonstra a resiliência que caracteriza o clube.
Expectativas para o futuro
Por fim, todos os treinadores estão em busca do equilíbrio entre as emoções da Taça e a dureza do campeonato, aguardando, com expectativa, as próximas fases da competição e as suas repercussões. As reações e observações deixadas por esses profissionais revelam o verdadeiro espírito competitivo do futebol português, onde cada vitória e derrota traz consigo não apenas pontos, mas valiosas lições para o futuro.