Róger Guedes revela que quase assinava pelo FC Porto mas optou pela China por razões familiares e financeiras

  1. Róger Guedes quase assinou pelo FC Porto
  2. Escolheu a China por oferta financeira
  3. Decisão tomada no último dia de janela
  4. Família foi fator decisivo

Róger Guedes, avançado brasileiro de 28 anos e atual jogador do Al-Rayyan, no Catar, falou numa entrevista ao programa Abre Aspas, da Globoesporte, sobre uma decisão crucial na sua carreira. O goleador revelou que esteve muito perto de assinar pelo FC Porto, mas optou por rumar à China devido a uma proposta financeira mais vantajosa, tendo sempre em mente o bem-estar da sua família.

Em entrevista, Guedes revelou “Eu acho que, se não tivesse ido para a China, eu teria ido para o FC Porto, estava certo para ir para a Europa, eu acho que assim eu teria sido convocado para a seleção.” Contudo, não lamenta a decisão tomada: “Não me arrependo de não ter ido para o FC Porto. No caso, não me arrependo de ter ido para a China, porque eu estava praticamente com tudo certo com o FC Porto.”

Proposta de última hora e decisão familiar

O jogador confessou que a proposta da China chegou de forma inesperada, já no fim da janela de transferências: “Dois dias depois eu viajaria, tinha falado com a equipa técnica [Sérgio Conceição era o treinador na altura]. E a proposta da China chegou nas últimas 15 horas da janela de transferências.”

Róger Guedes explicou ainda que os fatores financeiros e familiares foram determinantes para a sua escolha: “Eu tinha 20/21 anos, não tinha uma base financeira ainda boa, estável. Tinha o salário de jovem a subir da formação, e eu pensei na minha família.” Referiu ainda que a sua esposa teve um papel importante na decisão: “Eu tinha recebido uma proposta antes da Arábia Saudita, que já era mais restrita na época, e a minha esposa disse que não gostaria de ir. Depois chega a da China também no último dia de janela, foi boa a parte financeira, também era um país mais liberal, a minha esposa aceitou, e eu fui pela família.”

Reflexão sobre a carreira e o sonho europeu

O avançado mostrou alguma reflexão sobre o impacto da sua opção na carreira: “Talvez, se eu tivesse mais tempo de resposta, não teria ido. Talvez eu conseguiria pensar mais no sonho que tinha de jogar uma Champions League, mas como me apanhou desprevenido, tinha que responder rápido, então na época pensei mais na família.”

Sobre a oferta do FC Porto, Guedes lembrou que era menos atraente financeiramente, mas cheia de outros incentivos: “A proposta do FC Porto era financeiramente pouco atrativa, recorda, mas tinha outros aliciantes: 'Era bem menos. No FC Porto eu ia ganhar quase menos do que no Galo. Iria mais pelo sonho de ir para a Europa, uma vitrina, porque o FC Porto é um trampolim para uma equipa maior na Europa.'”

Confiança no potencial e aceitação da decisão

Apesar do que poderia ter sido, Róger mantém a confiança no seu talento e nas suas capacidades: “Eu tinha essa certeza, tenho até hoje, que se eu estivesse na Europa estaria numa equipa grande também, pelo dom que Deus me deu. Mas não me arrependo, não. Foi o momento certo de eu ir.”

O avançado mostra-se sereno quanto à sua trajetória, enfatizando que a escolha pela China foi pensada e feita no melhor interesse da sua família e da sua carreira naquele momento.