André Villas-Boas, presidente do FC Porto, abordou a situação do jovem médio espanhol Gabri Veiga durante uma conferência à margem da assinatura do protocolo para a construção do Centro de Alto Rendimento com a Câmara Municipal de Gaia. “Estamos numa fase cada vez mais próxima do acordo total. Há sempre imprevistos que podem acontecer. Gostávamos muito de contar com a presença dele no Mundial de Clubes. Ou seja, queremos fazer uso desta janela especial que abre de 1 a 10 de junho,” referiu Villas-Boas, demonstrando otimismo quanto à possibilidade de fechar negócio.

O dirigente confirmou que o jogador ainda pertence ao Al Ahli, mas revelou que estão a negociar com o clube saudita: “Não queremos entrar em loucuras, queremos ser comedidos na sua transferência. É um grande talento jovem e europeu, com grande proximidade por ter nascido em Porrinho e por ter crescido no Celta. Esperamos levar a bom porto as negociações.” Para além disso, destacou que o jogador demonstrou a sua vontade de ingressar no clube: “Naturalmente temos a autorização do Al Ahli para falar com o jogador, que mostrou a sua vontade. Como podem calcular, o jogador abdica de mais de 90 por cento do salário para jogar pelo FC Porto. Tudo isto é louvável na carreira de um desportista.”

Desafios no Mercado de Transferências

A necessidade de cautela nas negociações é clara, especialmente num mercado descrito por Villas-Boas como “muito difícil de trabalhar”. O presidente admitiu que o mercado de transferências está a revelar-se desafiador e sublinhou a importância de agir de forma racional: “Está a ser um mercado muito difícil de trabalhar. Há poucas equipas a moverem-se. Queremos fazê-lo de uma forma sólida e sem entrar em loucuras.”

Essa abordagem cuidadosa reflete a estratégia do clube em tempos de incerteza e a vontade de construir um plantel competitivo sem comprometer a sustentabilidade financeira. As negociações com o Al Ahli são um exemplo disso, onde o foco está em obter as melhores condições para ambas as partes.

Renovação de Alan Varela

Além de abordar a situação de Veiga, Villas-Boas confirmou uma notícia esperada por muitos adeptos: Alan Varela renovou contrato com os Dragões até 2030, refrendado por uma cláusula de rescisão de 75 milhões de euros. “Sim. Em princípio está concluída toda a operação da renovação do Alan Varela. É uma das peças fundamentais para o futuro do FC Porto,” afirmou o presidente, evidenciando a importância do jogador para as ambições futuras do clube.

Varela, um produto da formação do FC Porto, tem sido um dos pilares da equipa e a sua continuidade é vista como um sinal positivo para os adeptos e para o futuro da equipa. Com a renovação, a direção do clube demonstra confiança no jovem médio e na sua capacidade de contribuir para o sucesso da equipa.

Visão para o Futuro

Finalmente, Villas-Boas expressou a sua esperança num “futuro de conquista, num novo ciclo” para o FC Porto após várias dificuldades. Ele destacou a importância de continuar a investir para recuperar a posição do clube na elite do futebol: “Para vencer há que investir. Estamos a trabalhar num mercado complicado.”

Estas declarações revelam um compromisso de longo prazo com o crescimento do FC Porto, enfatizando a necessidade de uma visão clara e estratégias eficazes em um contexto competitivo cada vez mais exigente. O presidente demonstrou estar determinado a levar o clube a novos patamares, garantindo que as ambições desportivas estejam sempre alinhadas com a realidade financeira do clube.