O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, revelou estar bastante preocupado
com as eleições na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), considerando existirem perspetivas totalmente diferentes
quanto aos candidatos pelos três grandes
.
“Estou bastante preocupado com as eleições da LPFP. Temos perspetivas totalmente diferentes a nível do posicionamento dos candidatos. Não desrespeitando Reinaldo Teixeira, com anos de dirigismo no futebol português, a nível de competências, plano, estrutura, parece-me ser uma diferença enorme. Lamento que alguns clubes estejam agarrados a compromissos de palavra”
, atirou Villas-Boas.
Desalinhamento e paz podre
Para o líder azul e branco
, houve um desalinhamento
, depois de um entendimento anterior, fruto de circunstâncias diferentes
e “algumas divergências relativamente ao posicionamento do novo presidente”
da Liga.
Villas-Boas criticou ainda o diferendo entre Fernando Gomes, antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e Pedro Proença, que lhe sucedeu, por uma paz podre
que ameaça a representação lusa na UEFA.
Futebol português gravemente doente
Villas-Boas foi muito crítico quanto ao estado da Liga e do futebol português, denunciando a patetice absoluta
e conversa de recreio
que diz permear as Cimeiras de Presidentes.
“Em duas Cimeiras em que estive, discutiu-se zero o futebol português. Lancei um tema relevante, que era os candidatos submeterem-se a perguntas dos clubes sobre os programas, já lancei o tema do VAR. Estou disponível para ajudar o futebol português”
, declarou.
Liga Conferência à vista?
Villas-Boas lamentou que, ao final de perto de um ano à frente dos dragões, as coisas continuem “a caminhar no mau sentido”
, alertando que, “se calhar, em breve, estamos mesmo destinados à Liga Conferência. Se calhar, é o que merecemos”
.
“É fundamental para o futebol português recuperar-se. (...) Para uma população tão pequena, criamos tanto talento, mas tardamos em sair desta zona de conflito em que ninguém sai valorizado”
, finalizou o dirigente do FC Porto.