A «era dourada» do FC Porto sob André Villas-Boas

  1. Conquista da Liga Europa contra o SC Braga
  2. Vitória por 6-2 sobre o Vitória de Guimarães na Taça de Portugal
  3. Triunfo na Supertaça sobre o Benfica
  4. Grupo com muitas personalidades fortes

A época 2010/11 ficou marcada como uma «era dourada» para o FC Porto, que conquistou diversos títulos nacionais e internacionais sob o comando do então jovem treinador André Villas-Boas. Dois dos protagonistas desse período, os ex-jogadores Rolando e Silvestre Varela, reuniram-se recentemente na Torre Lidador, na Maia, para recordar esse ciclo vitorioso.

Conquista da Liga Europa


Com Villas-Boas no comando técnico, os dragões conquistaram a Liga Europa, derrotando na final o SC Braga em Dublin, num jogo que os jogadores descreveram como «uma final europeia estranha». Apesar de enfrentarem um adversário que conheciam muito bem, o golo de cabeça de Falcao garantiu o triunfo europeu do FC Porto.


«Jogar com o Braga era como jogar com o vizinho. Essa final europeia foi espetacular por ter uma equipa portuguesa, mas estranha ao mesmo tempo. Estás no túnel de acesso ao relvado, vês a taça, olhas para o lado e vês o adversário do dia a dia, mas num jogo europeu. Mesmo assim, o sabor da vitória é sempre especial», recordou Rolando.

Conquista dos troféus nacionais


Além da conquista da Liga Europa, o FC Porto ergueu também os troféus da I Liga, Taça de Portugal, com uma goleada por 6-2 sobre o Vitória de Guimarães, e a Supertaça, frente ao Benfica. O plantel era composto por diversas estrelas, como João Moutinho, Belluschi, Falcao, Hulk e o jovem James Rodríguez, que, segundo Varela, demorou a conquistar um lugar fixo no onze inicial.

Gestão do grupo de personalidades fortes


Apesar da qualidade do plantel, os ex-jogadores revelaram que o grupo enfrentava alguns conflitos internos, normais numa equipa com tantas personalidades fortes. Contudo, Villas-Boas conseguiu gerir o grupo de forma exemplar, chegando mesmo a montar um ringue de boxe no centro de treinos para que os jogadores pudessem resolver as suas diferenças de forma direta.


«O grupo tinha muitas personalidades fortes e o míster ajudou muito ao montar um ringue de boxe no centro de treinos para quem quisesse lutar e resolver as coisas frente a frente. Eram pequenos problemas e até saudáveis, se ninguém ultrapassasse os limites. Mas a partir daí não tivemos mais», recordou Varela.

Capacidade de leitura do jogo


Rolando destacou também a capacidade de Villas-Boas em ler o jogo e efetuar as alterações certas para inverter o rumo dos jogos, nomeadamente na meia-final da Liga Europa, contra o Villarreal, quando a equipa chegou ao intervalo a perder por 1-0, mas acabou por marcar cinco golos na segunda parte.


«Quando íamos para o intervalo a perder, bastava o míster mudar duas ou três peças no balneário para mudar o jogo na segunda parte», revelou Rolando.

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