Sérgio Conceição e a relação com os adeptos do FC Porto

  1. Sérgio Conceição compreende as reações dos adeptos do FC Porto
  2. O treinador também reconhece os méritos dos adversários que têm tirado pontos ao FC Porto
  3. Conceição destaca a importância de ganhar e jogar bem
  4. O técnico dos dragões refere que as críticas nem sempre são justas

Sérgio Conceição entende a forma como os adeptos por vezes se expressam, mas lembra que a missão da equipa técnica é perceber os momentos do jogo de outra forma; e não esquece a caminhada recente do FC Porto na Liga dos Campeões.

Apesar da vitória frente ao Antuérpia (2-0), no encontro da 4.ª jornada do Grupo H da Liga dos Campeões, realizado na passada terça-feira, os adeptos do FC Porto demonstraram, nomeadamente na parte final do desafio, algum descontentamento pela exibição dos azuis e brancos, que jogaram praticamente toda a segunda parte com mais um elemento em campo - Jurgen Ekkelenkamp, médio do conjunto belga, tinha sido expulso aos 51 minutos.

Quando interpelado sobre esta reação de alguns dos adeptos presentes no anfiteatro azul e branco, Sérgio Conceição assumiu que ele próprio também tem momentos em que lhe apetece... assobiar. 'Assobio do banco. Se olharmos para oito jogos da fase de grupos da Liga dos Campeões, oito, perdemos um. Ganhámos sete. Perdemos com o Barcelona. Temos sete vitórias em oito, depois do Brugge. Eu aplaudia, na bancada. Mas ao ver erros que nós cometemos neste jogo com o Antuérpia, diante de um adversário em inferioridade numérica, eu como adepto, na bancada, era capaz de dar uma 'assobiadelazinha', sim. Mas isso faz parte, é o futebol. Nós temos é que, dentro de uma fase difícil da época, pelo calendário, pela exigência do ciclo de jogos na Liga dos Campeões, por ter de ganhar sempre no Campeonato para não perdermos os lugares de cima, ter a obrigatoriedade de ganhar. De ganhar e de jogar bem. Os adeptos querem é a bola na rede. E eu também! Por isso é que, às vezes, também me dá vontade de assobiar ali no banco. Umas vezes para aos adeptos, outras vezes para a equipa, outras vezes para mim próprio...', salientou o técnico dos dragões.

Reconhecendo que a sua equipa não tem sido exatamente como queria, técnico portista não deixa de atribuir os méritos aos adversários que têm tirado pontos ao FC Porto; porém, algumas das críticas são, assume, injustas. 'Sabemos que temos um desafio amanhã e o nosso foco é o jogo contra o Vitória. Muitas vezes esquecemo-nos que jogamos contra adversários. Não jogamos sozinho. Jogamos contra equipas que têm treinadores que têm estratégias bem definidas para jogarem contra o FC Porto, e cabe-nos a nós, equipa técnica, como sempre fizemos, ir ultrapassando, ano após ano, essas situações. Olhamos para um Arouca, que fez aqui um jogo muito competente, olhamos para um Estoril, que talvez tenha feito aqui o melhor jogo da época, muito por culpa nossa, naturalmente, mas também muito por mérito dos adversários. Não podemos retirar-lhes esses méritos. Nós, quando ganhámos ao Shakhtar, parece que o Shakhtar era uma equipa da distrital, mas neste momento já olham para o Shakhtar de forma diferente. Este Antuérpia é competitivo. Não será das melhores equipas da Europa, mas foi campeão belga. Não vamos é desvalorizar tudo aquilo que fizemos de bom e valorizar tudo aquilo que fizemos de menos bom. Acho que não é justo e isso tem sido uma constante ao longo dos anos.'

Clássico: Benfica e FC Porto em duelo decisivo

  1. Kerem Aktürkoglu chegou à Luz no último dia do mercado de verão e já leva 8 golos e 4 assistências em 10 jogos
  2. Samu foi recentemente convocado pela seleção principal da Espanha e soma 11 golos em 12 partidas
  3. Vítor Bruno, promovido a treinador principal do FC Porto no início da época, já conta com alguns jogos importantes contra os grandes rivais
  4. Bruno Lage, treinador do Benfica, tem um registo misto contra o FC Porto, com uma vitória e três derrotas em quatro jogos