Pinto da Costa era uma figura icónica e respeitada no futebol português, tendo liderado o FC Porto durante 42 anos, período no qual o clube conquistou 69 troféus, incluindo duas Taças/Ligas dos Campeões Europeus e duas Taças Intercontinentais. No entanto, após a sua morte, os dois principais rivais do FC Porto, Benfica e Sporting, optaram por manter um "largo silêncio", não emitindo quaisquer manifestações de pesar.
O atual presidente do FC Porto, André Villas-Boas, considerou "não normal este tipo de comportamento" por parte de Benfica e Sporting, revelando que Pinto da Costa não desejava a presença de dirigentes ou jornalistas "que o tenham atacado e difamado" no seu funeral. De facto, o antigo líder portista era conhecido pela sua postura combativa em relação aos rivais, tendo chegado a afirmar que "queria que os seus inimigos o continuassem a atacar e a difamar".
O silêncio como um ato consciente
Alguns adeptos e comentadores consideram que o silêncio de Benfica e Sporting não foi um ato de hipocrisia, mas sim uma decisão consciente, tendo em conta as relações históricas conturbadas entre os três clubes. Frederico Varandas, presidente do Sporting, já havia criticado duramente Pinto da Costa no passado, chegando a chamá-lo de "bandido" e "corruptor ativo", o que poderia justificar a ausência de condolências por parte do clube leonino.
A falta de respeito e solidariedade
Apesar das divergências, a morte de uma figura tão marcante como Pinto da Costa deveria exigir, no mínimo, algum respeito e solidariedade por parte de todos, mesmo dos seus rivais históricos. No entanto, o silêncio de Benfica e Sporting acabou por se tornar o facto mais relevante em torno deste acontecimento, revelando que, na capital, Pinto da Costa não encontrou parceiros, mas sim rivais irreconciliáveis.
