A Assembleia da República aprovou por unanimidade, com exceção de uma abstenção, um voto de pesar pela morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, antigo e histórico presidente do FC Porto. Pinto da Costa, que morreu aos 87 anos no passado dia 15 de fevereiro, é recordado como uma «figura não isenta de polémicas» mas também como um «convicto e apaixonado portista» que deu um importante contributo para a afirmação internacional do clube e da região.
O presidente da Assembleia, José Pedro Aguiar-Branco, destacou as mais de 60 conquistas de títulos no futebol profissional alcançadas durante o longo mandato de Pinto da Costa, incluindo cinco troféus europeus e dois intercontinentais, que transformaram o FC Porto na equipa portuguesa com maior sucesso internacional. Aguiar-Branco lembrou ainda a ligação do ex-dirigente a treinadores portugueses de renome como José Maria Pedroto, Artur Jorge e José Mourinho.
Um legado de 42 anos e 15 mandatos
«O longo percurso de Pinto da Costa como dirigente desportivo coincidiu com um tempo de afirmação do Futebol Clube do Porto enquanto potência desportiva nacional e europeia», enalteceu Aguiar-Branco.
Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e o seu estado de saúde agravou-se nas últimas semanas, menos de um ano depois de ter perdido as eleições para a presidência do clube frente a André Villas-Boas. O ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, liderando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades, incluindo 69 no futebol sénior masculino, sete dos quais internacionais.