A morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto durante décadas, deveria ter sido um momento de luto e respeito por parte de todos os clubes portugueses. No entanto, a reação de Benfica e Sporting acabou por ofuscar a despedida do histórico dirigente.
Segundo relatos, o "silêncio ensurdecedor" dos rivais do FC Porto durante o velório de Pinto da Costa chegou a ter quase a mesma relevância mediática que o próprio evento. A "(vergonhosa) postura institucional" dos clubes rivais, nas palavras do colunista Bruno Andrade, acabou por atrapalhar aqueles que queriam prestar a última homenagem ao antigo presidente portista.
A imprensa e as redes sociais, por sua vez, decidiram "explorar ao máximo qualquer personagem envolvida no tema", transformando um momento de dor e reflexão numa "prioritária discussão". O "sensacionalismo" tomou conta de um período que deveria ter sido de luto.
Consequentemente, o FC Porto também acabou por reagir de forma "desnecessária", alimentando com "duras críticas" uma atitude que, na opinião do articulista, deveria ter sido simplesmente ignorada e colocada na "sua merecida insignificância".
Andrade conclui que este episódio reflete a forma como a rivalidade no futebol português continua a ser "nada saudável", impedindo mesmo que o luto alheio consiga um "momentâneo basta" nesse cenário.