A morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto durante 42 anos, gerou uma reação inesperada dos rivais Benfica e Sporting. Apesar da longa e intensa rivalidade entre os três grandes clubes portugueses, os emblemas de Lisboa não emitiram qualquer comunicado institucional de condolências.
O silêncio dos 'encarnados' e 'leões' foi criticado por André Villas-Boas, atual presidente do FC Porto. «Perante uma perda tão enorme para a nação portista, não podemos deixar de lamentar que até este momento não tenham sido endereçadas nenhumas condolências, nem a mim de forma pessoal, nem ao FC Porto», afirmou Villas-Boas, no regresso da equipa portista do Algarve.
Críticas de Villas-Boas
O líder dos 'dragões' disse que irá «aguardar por alguma resposta» dos clubes rivais, referindo que «não achamos muito normal este tipo de comportamento, que faz esquecer uma pessoa que marcou o futebol nacional e internacional e é uma referência para o FC Porto».
Villas-Boas lamentou este «comportamento», sobretudo depois de, desde a sua eleição, ter tentado «pautar pelo encontro entre 'grandes', no sentido de melhorar o produto, estabelecer novas relações, elevar o bom nome do futebol português».
Apenas treinadores do Benfica e Sporting enviaram condolências
De facto, apenas os treinadores Bruno Lage, do Benfica, e Rui Borges, do Sporting, enviaram condolências à família de Pinto da Costa em conferências de imprensa no sábado.
Pinto da Costa, que morreu aos 87 anos vítima de cancro, foi presidente do FC Porto durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, liderando o clube à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades, incluindo 69 no futebol sénior masculino, sete deles internacionais.