Jorge Nuno Pinto da Costa, um dos nomes mais icónicos do futebol português, nasceu a 28 de dezembro de 1937, em Cedofeita, no Porto. Filho de José Alexandrino Teixeira da Costa e Maria Elisa Bessa de Lima Amorim Pinto, Pinto da Costa foi o quarto de cinco irmãos a crescer no seio de uma família portuense.
Com apenas 6 anos de idade, em 1953, a sua avó materna Alice inscreveu-o como sócio do FC Porto, um gesto que viria a marcar profundamente o seu futuro. «Aos 8 anos, fui ver um jogo do FC Porto contra o SC Braga, na Constituição, tendo de ver a partida aos ombros do irmão devido à grande afluência de público», recorda Pinto da Costa.
Do Hóquei ao Futebol
Antes de se envolver no futebol, Pinto da Costa passou por outras modalidades no clube, como o hóquei em patins, hóquei em campo e pugilismo. «Mais tarde, com um tio materno, consegui ver melhor um jogo, no qual o FC Porto venceu o Sporting por 1-0», lembra.
O primeiro grande momento de Pinto da Costa como portista foi a conquista do Campeonato Nacional de 1955/1956, quando tinha 18 anos. «Recordo-me do sofrimento dos adeptos na última jornada, quando o FC Porto precisava de vencer a Académica nas Antas e o árbitro assinalou um penálti a favor, que Hernâni converteu para dar o título ao clube, quebrando um jejum de 16 anos», afirma.
A Ascensão aos Órgãos Diretivos
Em 1958, aos 20 anos, Pinto da Costa aceitou o convite de César Bonito, então presidente do FC Porto, para ser vogal da secção de hóquei em patins. Quatro anos depois, foi promovido a chefe dessa secção, função que acumulou com a responsabilidade pelo hóquei em campo.
Em 1969, Pinto da Costa aceitou o convite para integrar a direção do FC Porto presidida por Afonso Pinto Magalhães, tornando-se diretor das modalidades amadoras. No entanto, quando Américo Sá sucedeu Pinto Magalhães em 1972, Pinto da Costa recusou o convite para fazer parte da nova direção, afirmando que só aceitaria se o futuro presidente renovasse os órgãos sociais do clube.