O antigo presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, será inquirido por videoconferência no âmbito da Operação Pretoriano, a pedido da defesa de Fernando Saul, um dos arguidos neste processo. A audiência está marcada para o próximo dia 26 de fevereiro, às 10h00, no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.
De acordo com o despacho do tribunal, a inquirição de Pinto da Costa será realizada a partir da sua residência, na presença e com o auxílio do seu advogado. A decisão teve em conta os "motivos invocados pela testemunha Jorge Nuno Pinto da Costa, relacionados com a sua debilidade física e dificuldade de locomoção", que foram considerados "sérios e atendíveis".
Primeira vez é adiada
Esta não é a primeira vez que Pinto da Costa é chamado a depor neste processo. Em janeiro, a sua audição acabou por ser adiada devido ao "estado incapacitante" de saúde do ex-presidente do FC Porto, que enfrenta problemas de saúde desde que foi diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021.
A Operação Pretoriano envolve 12 arguidos, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, e a sua mulher, Sandra Madureira. O julgamento destes arguidos está marcado para 17 de março.
Acusação do Ministério Público
O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto decidiu levar a julgamento os arguidos nos exatos termos da acusação do Ministério Público (MP), que denuncia uma eventual tentativa de os Super Dragões "criarem um clima de intimidação e medo" numa Assembleia Geral do FC Porto, para que fosse aprovada uma revisão estatutária "do interesse da direção" do clube, então liderada por Pinto da Costa.
Entretanto, em janeiro último, a Assembleia Geral extraordinária do FC Porto confirmou as suspensões de associado de Fernando Saúl, ex-oficial de ligação aos adeptos e arguido na Operação Pretoriano, e Manuel Barros, por seis meses.