Após meses em silêncio, Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente honorário do FC Porto, voltou a ser notícia com um comunicado divulgado esta segunda-feira. Nele, o dirigente visa a atual administração do clube, liderada por André Villas-Boas.
Pinto da Costa defende legado
Mantive o silêncio perante os ataques que me têm sido dirigidos, com o objetivo de preservar o bom nome do FC Porto e não suscitar qualquer foco de instabilidade. Afirma Pinto da Costa. No entanto, o dirigente refere que esse silêncio deixa de ser uma opção, pois torna-se por demais evidente o objetivo de denegrir o caráter, o trabalho e o legado de quem dedicou longos anos ao serviço do clube.
Um dos principais argumentos do presidente honorário é que a sua administração deixou mais de 8 mil euros nos cofres do clube, contrariando a narrativa de que o FC Porto teria ficado estrangulado e sem soluções para o futuro. Pinto da Costa garante que investiram e valorizaram o plantel, o que permitiu à atual administração um encaixe de 167 milhões de euros apenas na primeira metade da época. Além disso, concretizaram novas parcerias, como a com a Ithaka, que envolveu uma verba de 65 milhões de euros, e a venda de Otávio ao Al Nassr, que vai render mais 20 milhões de euros.
Críticas à atual direção
Quanto à auditoria forense exigida pelo atual presidente do FC Porto, Pinto da Costa mostra-se desagradado, afirmando que as conclusões foram ao encontro do que quem as encomendou pretendia, lançando informações descontextualizadas. O dirigente refuta ainda a qualificação de absurdo aos pagamentos de comissões em transferências de jogadores, defendendo que essa é uma prática comum no futebol.
Por fim, Pinto da Costa abordou a polémica relacionada com a venda de bilhetes, afirmando que não se pode imputar diretamente à anterior administração qualquer atuação à margem da lei. O presidente honorário deseja um FC Porto ganhador, no futebol e em todas as modalidades, em Portugal e nas competições internacionais, no presente e no futuro, esteja quem estiver a dirigi-lo.