O Clássico entre FC Porto e Sporting foi dominado por duas figuras: Martín Anselmi, treinador dos dragões, e Morten Hjulmand, médio dos leões.
Martín Anselmi, a paixão do técnico argentino
Anselmi, o técnico argentino que chegou recentemente ao comando do FC Porto, demonstrou toda a sua paixão e determinação durante o jogo. Visto aos saltos na relva do Estádio do Dragão, com a camisa desabotoada e os olhos brilhando, Anselmi lembrou as descrições do escritor uruguaio Eduardo Galeano sobre o futebol argentino - «uma paixão inegociável, uma recusa em ceder ao fracasso».
O treinador portista soube fazer as alterações certas na segunda parte, movendo as peças com coragem e injetando vida e crença na sua equipa a partir do banco. Sinais de um grande treinador, de alguém diferente.
Morten Hjulmand, o domínio do médio dinamarquês
Já Morten Hjulmand, o jovem médio dinamarquês do Sporting, dominou a primeira parte do encontro. A pressão do FC Porto não conseguiu anular a sua capacidade de pensar e executar com calma, e Hjulmand agarrou o jogo com segurança e autoridade. Até Anselmi conseguir reagir e perceber onde estava o perigo, o jogador leonino provou ser o melhor futebolista do campeonato português.
Com a sua voz de comando, Hjulmand ordenava e motivava os companheiros, mostrando-se um verdadeiro líder no meio-campo. Nos primeiros 45 minutos, o Clássico foi seu.