As próximas eleições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ainda não têm data marcada, mas os principais candidatos já começaram a desenhar-se. De um lado, Pedro Proença, líder da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) desde 2015, que foi desafiado pelos clubes da I e II Ligas a candidatar-se à sucessão de Fernando Gomes. Do outro, Nuno Lobo, presidente da Associação de Futebol de Lisboa (AFL), cujo ciclo presidencial de 12 anos terminará no final de 2024.
Nuno Lobo garante que os «cálculos» que tem do colégio eleitoral não correspondem ao «unanimismo» que se quer «fazer crer e propagandear». «Ninguém é dono do voto de ninguém. Os 84 delegados votarão secretamente e em consciência naquele que será o melhor projeto para os próximos quatro anos», afirmou o advogado, em declarações à agência Lusa.
## A acusação de Nuno Lobo
O presidente da AFL acusa Pedro Proença de estar mais preocupado em «andar em reuniões e a fazer outras coisas para as quais não foi eleito há cerca de um ano e meio pelos seus clubes» do que em resolver os problemas da LPFP. «Devia estar preocupado com os direitos televisivos [quanto ao processo de centralização], que é uma mão cheia de nada. Hoje, não temos nada em concreto para os clubes e até para a Liga sobre uma das grandes propostas [da atual direção do organismo]», criticou.
Nuno Lobo prometeu oficializar em breve a sua candidatura, enquanto Pedro Proença apontou uma decisão para a próxima Cimeira de Presidentes da LPFP, ainda sem data e local conhecidos. O presidente da AFL defende que Proença «devia estar preocupado com o apoio financeiro aos clubes», bem como em «resolver problemas emergentes que metem em causa a competitividade, verdade desportiva e imagem do futebol português».
## A resposta de Pedro Proença
«Ele devia preocupar-se com esses problemas concretos. Não basta fazer galas nem eventos que apenas têm como objetivo a autopromoção do seu próprio líder», concluiu Nuno Lobo.