Com a chegada de André Villas-Boas ao comando do FC Porto, o clube implementou uma nova estrutura diretiva que se tem revelado mais eficiente em termos financeiros. Segundo uma análise do jornal A Bola, a SAD portista poupou mais de 800 mil euros anuais em salários, excluindo prémios, com esta reestruturação.
Comissão Executiva sem remuneração adicional
A poupança deve-se principalmente à forma como a Comissão Executiva da SAD está estruturada atualmente. João Begonha Borges, José Luís Andrade e Tiago Madureira, membros dessa Comissão, ocupam cargos noutras áreas de negócios e empresas do FC Porto, sem serem remunerados por isso. Ou seja, estes administradores não recebem salários adicionais pela sua atuação na Comissão Executiva.
Antes desta reestruturação, apenas o anterior administrador da Porto Comercial, Rui Lousa, chegava a auferir 300 mil euros entre ordenados e prémios. Já os administradores da Porto Media e Porto Estádio tinham, juntos, um peso salarial de 504 mil euros por ano.
Auditoria forense revela despesas de representação
Além disso, a auditoria forense em curso no clube deverá revelar, em outubro, despesas de representação superiores a 2,4 milhões de euros por ano, outra área onde Villas-Boas e a nova estrutura diretiva deverão promover cortes significativos.
Segundo Francisco J. Marques, do Porto Canal, a omissão dos ordenados de três membros da Comissão Executiva no Portal da Transparência constitui uma «omissão». No entanto, ao contrário do que acontecia com Vítor Baía e Luís Gonçalves, Zubizarreta e Jorge Costa, que têm responsabilidades no futebol profissional, são funcionários e não administradores, pelo que as suas remunerações são contabilizadas nos custos com pessoal.