O FC Porto deu seguimento à conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, diante do Sporting, entrando com o pé direito no campeonato, num triunfo que nunca esteve em causa, porquanto a superioridade portista foi sempre evidente.
Apesar de não ter sido uma exibição avassaladora, o FC Porto conseguiu impor-se com relativa facilidade sobre o Gil Vicente. «Os dragões entraram de forma amorfa no encontro, com alguma falta de jogo interior e criatividade, sobretudo no último terço do campo», como notou o comentador.
Galeno desata nó complicado
Uma má abordagem de Buatu, num cruzamento em que procurou acossar Nico González, acabou por meter a mão à bola, permitindo assim que Galeno «desatasse um nó que estava bastante complicado, muito por culpa da falta de velocidade exercida pela equipa de Vítor Bruno», acrescentou o comentador.
Quando se perspetivava um regresso mais enérgico após o interregno por parte dos azuis e brancos, foi precisamente o Gil Vicente que surgiu de «crista levantada, mostrando que queria levar a partida para outro patamar», com remates perigosos de Maxime Dominguez e Rúben Fernandes a causarem «grandes calafrios ao último reduto portista».
Iván Jaime decisivo
Mas os dragões acabariam por chegar ao golo da tranquilidade, com Iván Jaime, «que está com o pé calibrado», a marcar um «belo golo» numa «recuperação de bola e saída rápida em contragolpe». Foi um «soco no estômago dos minhotos, que baixaram literalmente a guarda», com Nico González a ser derrubado pouco depois, permitindo aos portistas selarem o resultado.
Iván Jaime, «revigorado com a confiança que tem tido de toda a estrutura do futebol profissional, a começar obviamente pelo técnico Vítor Bruno», voltou a «deixar marca no triunfo do FC Porto», enquanto Alan Varela foi «um autêntico pêndulo na zona intermédia, conferindo enorme equilíbrio à equipa».
Vitória sem brilhantismo
O FC Porto «está ainda em processo de crescimento, nota-se que há arestas a limar, mormente no aspeto defensivo», mas Vítor Bruno «tem muitas soluções no banco, capaz de dotar a equipa de outras valências quando o jogo não está a correr de feição». O importante, «sem grande dose de brilhantismo», foi «alcançar a vitória na Liga». Segue-se agora uma «difícil deslocação aos Açores para defrontar o Santa Clara».