André Villas-Boas levanta preocupações sobre a situação financeira do FC Porto e negociação de dívida

  1. FC Porto em falência operacional
  2. Bancos internacionais interessados na renegociação da dívida
  3. Preocupações com acumulação de passivo e altos pagamento a administradores
  4. Necessidade de reformulação da política financeira e revisão de contratos
  5. Nomeação de Zubizarreta como diretor desportivo
  6. Eleições para os órgãos sociais do FC Porto

André Villas-Boas, candidato da Lista B à presidência do FC Porto, levantou preocupações sobre a situação financeira do clube, afirmando que o FC Porto está em falência operacional. Villas-Boas revelou que os bancos internacionais de investimento JPMorgan, Morgan Stanley e Goldman Sachs estão interessados em renegociar a dívida dos dragões. Em entrevista à Lusa, o candidato destacou a importância dessa abertura por parte dos bancos: Sentámo-nos com três dos principais bancos do mundo e todos mostraram interesse em trabalhar com o FC Porto para a renegociação da dívida. Já é bom sinal que exista essa abertura. Depois, iremos lutar pelas melhores condições quanto às taxas de juro futuras.


Por outro lado, o candidato também criticou a forma como a atual gestão do clube lidou com a questão da dívida, apontando para uma falta de eficiência no uso do mercado financeiro: O FC Porto foi a mercado sem ter procurado as soluções ótimas, mas as mais rápidas e bem mais penosas nos custos da operação e do juro. Fê-lo em claro conflito de interesse com as pessoas que rodeiam o clube atualmente, mas sem se salvaguardar de melhores idas a mercado.


Acordo com Bancos Internacionais


O candidato da Lista B expressou preocupação com a acumulação de passivo e os pagamentos elevados aos administradores do clube: Um clube que acumula \xe2€ⓘ250 M em passivo e que paga
€27 M aos seus administradores muito provavelmente assusta muitos e bons investidores, que se querem atravessar com o bom nome do FC Porto, mas não o fazem pela falta de credibilidade de algumas pessoas que o governam.


Reformulação da Política Financeira


Além da questão da dívida, Villas-Boas também abordou a necessidade de reformular a política financeira do clube, destacando a importância de uma gestão rigorosa e da geração de resultados com a valorização de ativos. O candidato afirmou que é fundamental ir ao mercado em busca das melhores parcerias para financiar projetos como a edificação do centro de alto rendimento no Olival. No entanto, Villas-Boas sublinhou a importância de rever os contratos estabelecidos pela gestão anterior: Antes, temos de nos sentar para ver os contratos que estão estabelecidos do outro lado [por Pinto da Costa] em relação à academia na Maia, até porque me interessa muito que o FC Porto não perca tempo de construção ou se meta no futuro em questões burocráticas.


Nomeação de Zubizarreta


Por outro lado, o candidato também falou sobre a escolha de Andoni Zubizarreta como diretor desportivo do FC Porto, destacando a importância de uma transição suave no departamento desportivo: Foi a única escolha. Acima de tudo, porque quero uma transição suave do ponto de vista desportivo e temos essa necessidade de nos encontrarmos com os títulos o mais rápido possível. Podíamos ter ido ao mercado de forma mais agressiva, mas isso podia implicar uma demora mais acentuada nos processos de implementação da filosofia desportiva.


Eleições para a Presidência


As eleições para os órgãos sociais do FC Porto, que definirão o rumo do clube para o quadriénio 2024-2028, estão agendadas para sábado. Pinto da Costa, atual líder do clube e opositor eleitoral de Villas-Boas, é um dos candidatos concorrentes, juntamente com Nuno Lobo. Villas-Boas apelou a uma abordagem transparente e rigorosa no processo eleitoral, destacando a importância de garantir que as decisões sejam tomadas de forma honesta e sem entraves burocráticos.

Bruno Lage e Vítor Bruno anteviram o clássico Benfica-FC Porto

  1. Bruno Lage deixou um aviso aos rivais: «Clássico? Amanhã temos de reagir à Benfica perante os nossos adeptos»
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  3. Vítor Bruno reconheceu que o menor tempo de recuperação face ao rival é «sempre um constrangimento»
  4. Vítor Bruno afirmou que «a margem de erro para um clube como o FC Porto é sempre zero, é sempre ganhar ou ganhar»