Um penálti a favor do FC Porto contra o Estoril, que foi revertido após intervenção do VAR, gerou controvérsia e críticas do Conselho de Arbitragem. O vice-presidente João Ferreira analisou o lance, destacando a complexidade da situação e a utilização do VAR para erros claros e óbvios.
«Se olharmos para o lance, não nos parece um erro claro e óbvio de assinalar penálti. Diria que alguns elementos suportariam a decisão do árbitro. Daí acharmos que a intervenção do VAR foi excessiva. Não haveria necessidade de acontecer porque há elementos que suportam a decisão tomada em campo», explicou João Ferreira.
O diálogo entre o VAR e o árbitro revelou a discussão sobre o possível derrube de Mangala a Francisco Conceição na área. O VAR questionou a ação do defensor, concluindo que «o defesa não comete qualquer infração» e que «não há nenhum agarrão».
Ferreira enfatizou a importância de ter prova inequívoca para reverter uma decisão: «O VAR tem de ter prova inequívoca de que não há qualquer tipo de infração. Agora, se olharmos com cuidado, a forma de contacto, aquilo que gostaríamos é que não fosse assinalado penálti».
O vice-presidente do Conselho de Arbitragem criticou a frequência das intervenções do VAR, defendendo a necessidade de regras claras e de evitar interferências em lances duvidosos. Apesar de concordar que o penálti não deveria ter sido assinalado, Ferreira ressaltou a importância de evidências sólidas para reverter uma decisão.