André Villas-Boas, ex-treinador e atual candidato à presidência do FC Porto, enviou uma carta à SAD do clube abordando pontos cruciais sobre as decisões tomadas pela administração liderada por Pinto da Costa, que também se candidata à reeleição ao lado de Nuno Lobo. A carta, obtida pelo O JOGO, aborda questões significativas como o papel do fundo Quadrantis e a reavaliação do Estádio do Dragão, ambos com um impacto substancial no último relatório financeiro divulgado pelo clube.
Na carta, Villas-Boas procurou esclarecimentos sobre vários assuntos, incluindo o montante atualmente descontado do contrato de direitos televisivos com a Altice após a antecipação de receitas em fevereiro. Questionou também uma viagem relatada de Fernando Gomes, administrador da SAD, à Suíça, levantando preocupações sobre as regras de fair play financeiro e os regulamentos da UEFA. A carta, que ficou sem resposta, destacou o compromisso de Villas-Boas com transparência e responsabilidade dentro do clube.
Questões Financeiras
Na carta, dirigida diretamente a Pinto da Costa, lê-se: «As razões para esta viagem estão relacionadas com violações das regras de fair play financeiro? Até 31 de dezembro de 2023, a SAD cumpre os requisitos impostos pelos novos regulamentos da UEFA? Se não, esses requisitos serão cumpridos até 31 de março de 2024? Que sanções poderiam ser impostas pela UEFA à SAD?» Estas são apenas algumas das perguntas colocadas por Villas-Boas na sua comunicação com a administração do clube.
Transparência e Responsabilidade
A carta, na íntegra, detalha uma série de perguntas e pedidos de informação, refletindo o papel de Villas-Boas como acionista e as suas aspirações para o futuro do FC Porto. O documento enfatiza a importância da transparência e do acesso igual a informações essenciais para todos os candidatos nas próximas eleições, agendadas para 27 de abril de 2024.
Operações Financeiras e Acordos
A carta de Villas-Boas inclui questões específicas sobre várias operações financeiras e acordos dentro do clube, como o negócio Connect Capital, a transação Sagasta 2 e o envolvimento do fundo Quadrantis nas operações de antecipação de receitas. Além disso, a reavaliação do Estádio do Dragão e as implicações para as demonstrações financeiras do clube são examinadas em detalhe, com perguntas sobre receitas operacionais, taxas de crescimento e projeções futuras.
Cumprimento das Regulamentações da UEFA
Além disso, as perguntas de Villas-Boas estendem-se ao cumprimento do clube com as regulamentações de Fair Play Financeiro da UEFA, destacando a importância de cumprir esses requisitos e evitar possíveis sanções. A carta sublinha a dedicação de Villas-Boas a garantir a estabilidade financeira do clube e a conformidade com os padrões regulatórios.
Em conclusão, a carta de Villas-Boas à SAD do FC Porto reflete a sua abordagem proativa à governança e supervisão financeira, enfatizando a necessidade de transparência, responsabilidade e tomada de decisões informadas dentro do clube. Como candidato à presidência, as perguntas de Villas-Boas lançam luz sobre questões financeiras chave que impactarão a direção futura do FC Porto, sublinhando a importância de uma gestão financeira responsável e conformidade regulatória no mundo do futebol.
