São já dois testes de exigência máxima ultrapassados com nota exemplar pela defesa azul e branca: tanto na 1.ª mão dos ‘oitavos’ da Liga dos Campeões, contra o Arsenal (1-0), como no clássico, ante o Benfica (5-0), a equipa portista manteve invioláveis as redes de Diogo Costa, muito pela solidez e segurança aportadas pela dupla Pepe/Otávio.
A ascensão meteórica do defesa central brasileiro ex-Famalicão, que pegou de estaca desde que Fábio Cardoso cumpriu castigo diante do Estrela da Amadora, muito se deve à enorme capacidade de concentração, postura com a bola nos pés e firmeza nos duelos.
No clássico, à semelhança do que havia sucedido na receção aos gunners, não por raras vezes arrancou muitos aplausos das bancadas, seja por cortes decisivos ou por disputas ganhas no corpo a corpo com os adversários.
Desde que Otávio iniciou a parceria com Pepe, os níveis de fiabilidade do setor mais recuado subiram, tanto no que concerne às oportunidades concedidas às equipas contrárias, como no que diz respeito à projeção ofensiva dos dois laterais, João Mário e Wendell, ambos com um golo no mesmo período.
Depois de ter apostado em oito duplas diferentes no eixo defensivo esta temporada, até à contratação do jovem, de 21 anos, em janeiro, passando por alguns desafios em que escalou uma linha de três atrás, Sérgio Conceição parece ter finalmente encontrado a fórmula de sucesso, e que confere maior segurança, com um misto de experiência e juventude.
Pepe, que celebrou recentemente o 41.º aniversário, continua a ser um esteio da formação azul e branca, sobretudo em jogos de maior craveira, como se viu no último clássico, secando a maior parte das investidas encarnadas pelo seu lado.
Otávio, cuja irreverência é notória e o nervosismo só transpareceu na estreia oficial, contra o Estrela, vai ganhando pontos junto do universo portista. Com uma larga margem de progressão, tem tudo para comandar a defesa dos dragões nos próximos anos.