Diogo Valente: o adeus iminente de uma carreira longa e apaixonada

  1. A conquista da Taça de Portugal com a Académica, em 2012, é apontada por Diogo Valente como o ponto alto da sua carreira
  2. Diogo Valente não se sentiu parte integrante do plantel do FC Porto quando conquistou o título de campeão nacional em 2006/07
  3. Sérgio Conceição era «muito exigente» e tinha uma «obsessão por vencer» desde os tempos da Académica
  4. Rúben Amorim era «um jogador de uma inteligência excecional» e mantinha «sempre um ambiente positivo no balneário»
  5. Diogo Valente nota que a nova geração de jogadores tem «muita qualidade», mas «faltam-lhes espírito de sacrifício e paciência»

Uma carreira marcada pela conquista da Taça de Portugal


Com mais de 500 jogos nas pernas e já com 40 anos de idade, o avançado/médio Diogo Valente começa a planear a sua retirada do futebol. Atualmente a representar o Salgueiros no Campeonato de Portugal, Valente viveu o melhor momento da sua carreira em 2012, quando conquistou a Taça de Portugal ao serviço da Académica.

«Sinto que vai ser uma grande saudade. É uma carreira longa, marcada por uma enorme paixão pelo futebol. Cada vez que penso no final, esse sentimento de saudade surge com mais força, porque foi uma vida inteira dedicada a isto. Foram muitas experiências, alegrias e tristezas, mas tudo valeu a pena», revela Diogo Valente.

A conquista da Taça de Portugal


Valente recorda com emoção os momentos que antecederam a final da Taça de Portugal de 2012, nomeadamente o vídeo motivacional mostrado pelo então treinador da Académica, Pedro Emanuel. «Lembro-me que o meu colega da Académica despachou-se rápido, mas eu fiquei lá com outro colega do Sporting, que também demorou no teste. Tal como a palestra antes desse jogo, do Pedro Emanuel, com um vídeo motivacional que deixou tudo em lágrimas... Era um vídeo motivacional com as mensagens das nossas famílias. Ficámos todos em lágrimas, a energia do grupo foi imensa depois disso. A confiança era enorme, sabíamos que podíamos vencer o Sporting. Acho que isso, junto ao espírito de grupo incrível que tínhamos, foi um dos segredos da nossa vitória histórica.»

O sonho do título pelo FC Porto


Apesar de ter conquistado o título de campeão nacional pelo FC Porto em 2006/07, Diogo Valente não se sentiu parte integrante desse plantel. «Não diria frustrante, mas sinto uma certa mágoa. Joguei apenas uma vez pelo FC Porto e, mesmo tendo sido campeão nacional nessa época [2006/07], não o senti da mesma forma que quando ganhei a Taça com a Académica. Não me senti parte do plantel.»

Treinadores marcantes na sua carreira


Ao longo da carreira, Diogo Valente cruzou-se com diversos treinadores que marcaram a sua formação, como Sérgio Conceição e Rúben Amorim. Sobre Sérgio Conceição, Valente destaca a sua «obsessão por vencer» desde os tempos da Académica: «Sempre foi muito exigente, já na Académica o era. Ele tinha uma obsessão por vencer que o clube não estava habituado. Era rigoroso, mas isso ajudava a preparar-nos para o alto nível.»

Quanto a Rúben Amorim, Valente afirma: «O Rúben era um jogador de uma inteligência excecional, o que o faz ser um grande treinador. Era uma pessoa divertida e mantinha sempre um ambiente positivo no balneário, o que imagino que ainda o faça. Ele é líder pelo exemplo, com a naturalidade que o caracteriza, mas, claro, com a exigência necessária.»

As diferenças entre gerações de jogadores


Diogo Valente nota algumas diferenças entre a sua geração e a nova geração de jogadores: «Em termos de qualidade individual, os jovens continuam a ter muita qualidade, até porque atualmente investem muito mais em treinos específicos, técnicos e de força. Muitos têm os seus PTs pessoais, o que é de admirar. Mas a nível de mentalidade, acho que as gerações antigas eram mais fortes. Faltam-lhes espírito de sacrifício e paciência. Hoje, os jovens querem resultados imediatos e, às vezes, não percebem que é preciso um caminho longo e cheio de trabalho.»

O desejo de levar o Salgueiros aos palcos principais


Apesar de estar perto do fim da carreira, Diogo Valente mantém-se motivado a ajudar o Salgueiros a alcançar o sonho de chegar às competições profissionais. «No meu primeiro ano, o que me trouxe para o Salgueiros foi o projeto. Lutámos todos os anos pelo sonho de levar o clube às competições profissionais. Não conseguimos, mas estivemos muito perto em duas épocas. Gostava que esse sonho se tornasse realidade antes de terminar a carreira. Este clube marcou-me desde o início, identifico-me com os seus valores, com a humildade das pessoas.»

Reflexões sobre uma carreira inesquecível


Apesar de estar perto do fim da sua carreira, Diogo Valente sente-se ainda bem física e mentalmente. «Já há três anos que penso nisso, mas a verdade é que me sinto bem, física e mentalmente. A cada época, continuo motivado e o meu rendimento tem sido adequado para a divisão onde jogo.» O jogador revela que, se for o fim da sua carreira no Salgueiros, vai «viver um dia de cada vez».

Benfica vence Estoril por 3-0 com arbitragem competente

  1. Benfica venceu Estoril por 3-0 na 25ª jornada da Liga Bwin
  2. Árbitro António Nobre teve atuação globalmente competente
  3. Momento-chave foi anulação de penálti assinalado a favor do Estoril após intervenção do VAR
  4. Árbitros assistentes tiveram bom posicionamento em lances decisivos
  5. Árbitro manteve critério disciplinar uniforme durante o jogo

Fabrício em destaque na derrota do Estoril frente ao Benfica

  1. Fabrício esteve irrequieto na ala esquerda e criou várias oportunidades de perigo para o Estoril
  2. O Benfica venceu por 3-0 com golos de Amdouni (2) e Akturkoglu
  3. O árbitro marcou penálti a favor do Estoril, mas a decisão foi revertida após consulta ao VAR
  4. Pedro Álvaro e João Carvalho tiveram exibições contrastantes pelo Benfica

Rui Borges rejeita rumores sobre saída do Vitória de Guimarães

  1. Rui Borges tem contrato com o Vitória de Guimarães até 2026
  2. Rui Borges diz que a sua prioridade é o Vitória de Guimarães e que não falou com o seu representante sobre uma possível saída
  3. Rui Borges afirma que a sua equipa dominou o jogo frente ao Nacional mas faltou-lhe eficácia na finalização
  4. Rui Borges rejeita a ideia de que a equipa foi penalizada pela passividade da defesa