O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, anunciou que irá recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos depois de ver a sua condenação agravada pelo Tribunal da Relação de Lisboa no caso dos emails do Benfica. A pena, que inicialmente era de um ano e 10 meses de prisão, foi aumentada para dois anos e seis meses, com pena suspensa.
Em resposta a esta decisão, Marques afirmou: 'Este meu caso vai acabar no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, disso não tenho dúvidas'. Ele expressou a sua insatisfação com o resultado e elogiou a justiça portuguesa pela rapidez do processo.
Por sua vez, o Benfica, que se constituiu assistente no processo, recorreu da decisão e enfatizou que 'não vale tudo'. Os advogados do clube afirmaram que 'a improcedência do recurso dos arguidos e a procedência do nosso, com o consequente agravamento da condenação dos arguidos, reforça a satisfação que a sentença da primeira instância já nos dera, reafirmando-se agora que não vale e não pode valer tudo'.
Marques também criticou a demora da justiça em investigar as alegadas irregularidades do Benfica, afirmando que 'ainda não saiu sequer a acusação' após quase sete anos.
Além de Francisco J. Marques, Diogo Faria, diretor de conteúdos do Porto Canal, também teve a sua pena agravada, passando de nove meses para um ano e cinco meses de prisão, suspensa na execução. O agravamento da pena deve-se ao crime de ofensa de pessoa coletiva agravada em relação ao Benfica, nomeadamente pela publicação do livro 'O Polvo Encarnado'.
O caso dos emails do Benfica remonta a 2017 e 2018, quando comunicações entre elementos ligados ao clube encarnado e terceiros foram divulgadas no programa 'Universo Porto – da bancada', do Porto Canal.