Ricardo Horta, capitão do Sp. Braga, recentemente abordou em entrevista à SportTV as suas aspirações e o futuro após a sua carreira como jogador. Uma das questões que frequentemente surge com os atletas no fim de carreira é se planeiam tornar-se treinadores. No entanto, Horta esclareceu a sua posição sobre este assunto: “Sinceramente, muitas vezes o jogador diz que começa a ter o bichinho de treinador aqui por volta desta idade e eu ainda não senti isso. Gosto muito de jogar, gosto muito de jogar futebol. Quero aproveitar ao máximo enquanto estou a jogar. Não sei se me via numa posição de treinador. Eu acho que até tenho mais características de ser um bom diretor desportivo. Quem quiser aproveitar. Mas ainda não me vejo como treinador. Acho que não vou ter paciência.”
A relação entre Horta e o seu irmão, André Horta, também foi destacada durante a entrevista, refletindo a forte ligação que partilham dentro de campo. “Nós já jogamos futebol juntos desde miúdos e acho que posso dizer que não vou ter nenhuma conexão com outro jogador como tenho com o meu irmão. Eu sei o que é que ele pensa, ele sabe o que é que eu estou a pensar. E acho que não há nada melhor do que partilhar o campo com alguém do mesmo sangue.”
Ambição pelo título nacional
Além disso, Horta não hesitou em manifestar a sua ambição de ver o Sp. Braga como campeão nacional. “Todos dentro desta casa sabemos o quão é difícil atingir esse objetivo. Ganhar uma liga onde estão três grandes clubes é bastante difícil. No entanto, acho que o clube está a caminhar para isso. Acho que cada vez estamos a encurtar mais essa distância, mas acho que é preciso ser feita uma época espetacular do Sp. Braga e uma época em que os três grandes não estejam tão bem para atingir esse objetivo.”
Refletindo sobre seus objetivos pessoais, o capitão manifestou confiança nas capacidades do seu clube: “Eu gostava, tal como os meus colegas e o presidente. Eu acho que já se olha para o Sp. Braga como um candidato. Aliás, os nossos resultados recentes contra os três grandes têm dito isso.”
Desafios e consistência
Contudo, Horta reconhece que esse caminho é repleto de desafios, destacando a necessidade de consistência: “Eu gosto muito mais do futebol jogado dentro das quatro linhas. E a verdade é que nesta época também temos perdido pontos dentro do campo. E é isso, eu acho que dentro do campo, se nós fizermos o nosso trabalho, acho que as coisas vão acontecer. Acho que uma palavra que nos pode definir é a consistência.”
Mencionando a pressão que vem com as grandes expectativas, Horta disse: “Sinceramente, eu acho que o Braga ganha mais em estar na sombra e depois atacar esses títulos. Eu até costumo dizer que quando se fala muito de nós é mau sinal.”
Reflexões sobre o passado
Por fim, Horta comentou sobre o seu passado e uma transferência falhada para o Benfica, um assunto que ainda ressoa com ele. “Confesso que na altura foi um período difícil. Ser associado ao Benfica já envolve muita história, muita conversa, muita fotografia.”
A ambição de Horta de ver o Sp. Braga ser campeão é clara e, com a sua liderança, os adeptos do clube esperam que o dia chegue em breve. O futuro de Horta após o futebol continua a ser incerto, mas as suas capacidades de liderança fazem-no parecer um candidato natural para um papel significativo no clube, seja como diretor-desportivo ou em outra função.
