Uma manhã conturbada no futebol português, com o Sporting de Braga a emitir uma nota oficial a condenar a colocação de uma tarja, supostamente da autoria da claque Bracara Legion, junto ao mural de Neno, nas imediações do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. Horas mais tarde, a referida claque respondeu ao próprio clube.
Bracara Legion rejeita «estapafúrdia relação» com Neno
No comunicado emitido pela Bracara Legion, o grupo de adeptos dos arsenalistas afirma ter recebido «com uma imensa surpresa» o comunicado da Direção do Sporting de Braga, «cujo conteúdo censurava uma tarja colocada junto ao estádio» do Vitória de Guimarães, «e que estabelecia uma estapafúrdia relação entre o conteúdo dessa tarja e um ataque à memória do antigo guarda-redes Neno». A claque considera essa ligação «delirante», afirmando que «nenhum adepto do nosso rival teve a infeliz ideia de a fazer, pelo menos publicamente e até ao lançamento do já citado comunicado».
A Bracara Legion refere que a colocação de tarjas é «uma situação habitual» entre adeptos de ambos os clubes, «para 'apimentar' as semanas que precedem os dérbis», e que o local escolhido «foi utilizado em várias ocasiões no passado, sem que tal como agora, a intenção fosse atacar a memória do Neno ou de qualquer outro rival falecido».
Bracara Legion critica «precipitação» do Sporting de Braga
A claque condena as «ilações manifestamente precipitadas» do Sporting de Braga, mas aproveita para criticar a «presteza» com que os responsáveis do clube «atacam os próprios adeptos e associados», lamentando que o mesmo não aconteça «quando são os associados os atacados, tal como aconteceu no jogo da 1ª volta em que inúmeros bracarenses foram barbaramente agredidos pela PSP sem que se ouvisse uma palavra da Direção».
Por fim, a Bracara Legion apela ao clube que esclareça «as denúncias trazidas a público pelo fundador da Football Leaks, Rui Pinto, sobre o real beneficiário do pouco transparente fundo britânico que detém 17% do capital social da SAD do Sporting de Braga», em vez de «perder tempo com fait divers».