O último encontro entre o SC Braga e o Sporting, para o campeonato português, ficou marcado por uma exibição táctica de elevadíssimo nível por parte dos minhotos. Sob a batuta de Carlos Carvalhal, os «guerreiros do Minho» conseguiram montar uma organização defensiva que perturbou por completo os movimentos da equipa então orientada por Rúben Amorim.
O treinador dos bracarenses colocou estrategicamente o jogador El Ouazzani na primeira linha de pressão, com Ricardo Horta e/ou Bruma a acompanhá-lo de perto. João Moutinho e/ou Vítor Carvalho complementavam este processo, enquanto Roger Fernandes ou Gabri Martínez, conforme a localização da bola, acrescentavam mais uma unidade a esta estrutura.
Pressão asfixiante do Braga
«Foi assim que o SC Braga pressionou o Sporting, no último duelo da Liga, na primeira fase de construção dos leões, impedindo, durante toda a primeira parte, que o conjunto (ainda) orientado por Ruben Amorim saísse a jogar como tanto gosta, a partir dos centrais (Zeno Debast, Ousmane Diomande e Matheus Reis) e sempre com o apoio da dupla de médios interiores (Morten Hjulmand e Daniel Bragança)», explicou a BOLA.
Foram, nas palavras do jornal, «45 minutos de alto quilate de uns guerreiros do Minho com enorme ousadia ofensiva». E para que a estratégia resultasse na perfeição, o SC Braga conseguiu mesmo faturar por duas vezes na primeira parte, com golos de Ricardo Horta, aos 20 minutos, e do próprio capitão, já perto do intervalo.
Crescimento da equipa do Braga
Apesar da derrota final por 4-2, Carlos Carvalhal tem argumentos para acreditar no crescimento da sua equipa. «Carlos Carvalhal já admitiu publicamente que tem uma equipa jovem, com vários jogadores que nunca tinham alinhado na elite nacional, algo que ajuda a perceber que em determinados momentos do(s) jogo(s) existem situações que estão diretamente ligadas à falta de maturidade. Esse é também um desafio para o técnico, que com a sua experiência está mais do que capacitado para fazer crescer o colectivo bracarense», refere o texto.
«Afinal, quem deu aqueles 45 minutos de lição táctica ao Sporting tem argumentos totalmente válidos para fazer crer aos adeptos que o processo está em franco crescimento e que tem tudo para redundar em sucesso. É preciso tempo e paciência. E vitórias, logicamente...», conclui a BOLA.