Período de transição e reconstrução
O FC Porto está a atravessar um período de transição e reconstrução da equipa, com a saída de alguns jogadores-chave e a aposta em jovens talentos. Apesar de um início de época positivo, com a conquista da Supertaça e vitórias na maioria dos jogos disputados, alguns adeptos têm demonstrado sinais de impaciência, contestando a equipa com assobios em determinados momentos dos jogos.
Tal como aconteceu nos jogos com o Manchester United, na Liga Europa, e com o SC Braga, no campeonato, os adeptos não se coibiram de assobiar a equipa, principalmente em fases finais dos encontros em que o FC Porto revelou algum descontrolo emocional e dificuldade em fechar os jogos.
Apelo à compreensão dos adeptos
Sei que os assobios têm uma influência gigante no comportamento e rendimento em campo dos jogadores. São seres humanos, são jovens, precisam de amparo e conforto, numa lógica de reciprocidade, de fora para dentro e de dentro para fora, lamentou o treinador interino Vítor Bruno, apelando à comunhão entre as partes em benefício da equipa.
De facto, os números do FC Porto no campeonato não justificam, de todo, a contestação dos adeptos. A equipa de Vítor Bruno é dos melhores arranques da última década, somando 21 pontos em 24 possíveis, com apenas três derrotas. Além disso, o FC Porto tem o melhor registo defensivo das últimas cinco épocas, sofrendo apenas quatro golos.
Apelos à paciência
Objetivamente, a equipa tem conseguido resultados que nos permitem uma projeção de esperança, sustenta o músico Miguel Guedes, que apela à paciência dos adeptos. Há muita coisa a ser construída. É preciso paciência, sendo que há muita coisa a ser construída, reforça o escritor Francisco José Viegas.
O advogado e membro do Conselho Superior do FC Porto, Miguel Brás da Cunha, interpreta os assobios como a vontade dos sócios de quererem ver a equipa a jogar na perfeição. Não é diferente do que acontece noutros estádios e do que acontecia nas Antas, recorda.
Já o também advogado e membro eleito para o Conselho Superior, Paulo Teixeira, está convencido de que os assobios serão passageiros. Em breve, os que assobiam vão aplaudir, acrescenta.