Rui Borges, o «transmontano de gema» que enfrenta o FC Porto com o Vitória de Guimarães

  1. Rui Borges é um dos treinadores em ascensão no futebol português
  2. Após uma curta passagem pelo Moreirense, Rui Borges surpreendeu ao liderar o Vitória de Guimarães a um arranque de sonho
  3. Rui Borges tem demonstrado um futebol atrativo e conseguido resultados expressivos, como a vitória sobre o Braga
  4. A mãe de Rui Borges, Cândida Gomes Borges, queria que ele prosseguisse os estudos e não seguisse o futebol
  5. Rui Borges cresceu num ambiente ligado ao futebol, acompanhando o pai, que foi jogador do Tirsense

A ascensão de Rui Borges


Rui Borges é um dos treinadores em ascensão no futebol português. Depois de uma curta passagem pelo Moreirense na última temporada, o técnico natural de Mirandela surpreendeu ao liderar o Vitória de Guimarães a um arranque de sonho, com apenas uma derrota e um histórico apuramento para a Liga Conferência.

Aos 40 anos, Rui Borges tem demonstrado um futebol atrativo e conseguido resultados expressivos, como a vitória sobre o Braga, na Pedreira, algo que o clube da cidade-berço não conseguia há sete anos.

A influência da família


O caminho de Rui Borges para o futebol não foi fácil. Apesar do gosto pela modalidade desde a infância, a mãe, Cândida Gomes Borges, tinha o desejo de que ele prosseguisse os estudos. «O Rui sempre gostou muito de futebol. E está muito feliz com o trajeto dele. Foi o que sempre quis fazer. Embora eu tenha tentado fazê-lo mudar de ideias», conta a mãe.

A paixão pelo futebol nasceu graças ao pai, que foi jogador do Tirsense. Rui Borges cresceu num ambiente ligado ao desporto-rei, acompanhando o pai aos treinos sempre que podia. Contudo, a condição para jogar era ter boas notas na escola. «Foi sempre muito atinado, portou-se muito bem. Era um aluno bastante razoável. O gosto pelo futebol estava presente e eu dizia-lhe que, se tirasse boas notas, podia continuar a jogar. E ele tirava!», recorda a mãe.

O início da carreira


Após começar a jogar no Mirandela, Rui Borges cedo demonstrou ser um líder natural. «Quando ele começou a orientar as camadas jovens do Mirandela, percebi logo que era um líder. O Rui é muito atento aos outros, gosta de defender a cidade mas não se envaidece», afirma Cândida.

Apesar da vontade da mãe de que ele não seguisse o futebol, Rui Borges acabou por enveredar por essa carreira, tendo orientado o Moreirense na última temporada e agora liderando o Vitória de Guimarães. «Tentei fazer com que ele não seguisse o futebol, mas não consegui. E ainda bem! Ele está realizado e eu estou feliz por vê-lo tão bem», vincou a mãe.

O impacto em Mirandela


Além da já conhecida massa adepta do Vitória de Guimarães, esta temporada há mais uns milhares de apoiantes atentos ao percurso dos conquistadores, na pequena cidade de Mirandela. O presidente do clube local, Carlos Correia, não está surpreendido com o sucesso de Rui Borges: «Vi logo que ele tinha qualidade e o percurso é a prova disso. É um ser humano espetacular, humilde e muito social. Sabe como lidar com os jogadores, consegue fazer um bom balneário e isso é muito importante».

Muito apegado às suas raízes, Rui Borges mantém uma forte ligação a Mirandela. «Nunca se esquece das origens e de nós. Nem nós dele, vejo os jogos sempre que posso», afirma o presidente do Mirandela.

Elogios dos antigos colegas


Antigos colegas de Rui Borges, como João Traquina e Mohamed Bouldini, não poupam elogios ao treinador do Vitória de Guimarães.

«Os momentos que passei com ele foram os melhores da minha carreira, consegui ter números e exibições muito positivos. E não foi por acaso, ele tem uma das principais valências de um treinador, que é a relação de proximidade que consegue ter com os jogadores e a gestão que ele faz ao longo da época. É bastante exigente e meticuloso», destaca João Traquina.

Já Mohamed Bouldini afirma: «Foi muito bom treinar com ele, é um treinador que nos deixa ser criativos em campo, percebe muito de futebol e sabe como pôr os jogadores a dar tudo nos desafios. É exigente e tem ideias claras, o sucesso dele não me surpreende».

O jogo com o FC Porto


Antes do jogo com o FC Porto, o presidente do Mirandela não esconde o seu otimismo. «Nunca se esquece das origens e de nós. Nem nós dele, vejo os jogos sempre que posso. Estive com o Rui há poucos dias e disse-lhe logo que o Vitória vai ganhar ao FC Porto. Acredito mesmo que o FC Porto vai ter um osso duro de roer em Guimarães», antecipa.

A personalidade de Rui Borges


Rui Borges é descrito como uma pessoa muito calma, tanto dentro como fora de campo. «É da genética, eu e o pai também somos muito calmos», revela a mãe, Cândida.

Além disso, Rui Borges é muito atento aos outros, gosta de defender a cidade de Mirandela, mas sem se envaidecer. «Continua a falar com toda a gente e a ter muitos amigos. Na escola, os professores diziam-me que ele era o que melhor se relacionava com os colegas. Tudo o que conseguiu foi por mérito», destaca a mãe.

O apoio da família


A família de Rui Borges é o seu principal pilar. Muito apegado a eles, o treinador é o mais velho de três irmãos e sempre foi muito protetor em relação às irmãs. «Ainda hoje é», conta a mãe, Cândida.

O apoio da família é constante, quer quando Rui Borges era jogador, quer agora como treinador. «Fizemos sempre questão de o apoiar e estamos sempre com ele. Quando era jogador, acompanhava e hoje é igual. Se não conseguir ir aos jogos, vejo na televisão. Se não conseguir ver na televisão, ouço o relato. Leio tudo o que sai sobre ele, gosto de estar informada», revela a mãe orgulhosa.

Conclusão


Rui Borges, o «transmontano de gema», está a dar cartas no futebol português. Com um futebol atrativo e resultados expressivos ao comando do Vitória de Guimarães, o treinador natural de Mirandela tem conquistado o respeito dos adeptos, colegas e até da família. Perante o jogo com o FC Porto, o presidente do Mirandela acredita que o Vitória vai ter um «osso duro de roer» em Guimarães, confiando no sucesso do seu conterrâneo.

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  1. O Vitória de Guimarães lidera a tabela nacional, com o Benfica (12,3%) e o Famalicão (10%) a completarem o pódio
  2. O Vitória de Guimarães utilizou 12 atletas com idade igual ou inferior a 21 anos, num total de 12,6% dos minutos
  3. O Sporting é o clube português que mais atletas nesta faixa etária utilizou, com 23 jogadores
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