Martim Mayer, candidato à presidência do Benfica, lançou críticas contundentes à atual direção sobre a gestão do clube. Em um artigo divulgado neste domingo, Mayer frisou que “o Benfica tem de ser gerido com visão, ambição, responsabilidade, competência e decência”. Ao abordar o desempenho recente do clube, ele enfatizou a importância de um planeamento desportivo mais consistente, alegando que a gestão atual se caracteriza por uma “gestão errática”.
Mayer não hesitou em comparar o Benfica a alguns dos maiores clubes europeus, como Barcelona, Bayern Munique e Liverpool, destacando que “o que têm em comum os títulos recentes de clubes como Barcelona, Bayern Munique ou Liverpool? Todos regressaram ao topo dos seus campeonatos depois de uma época sem vitórias. Sem pânico. Sem revoluções.” Para Mayer, esses clubes demonstraram a eficácia de manter a estabilidade, ajustando a sua abordagem sem perder a identidade das suas equipas.
Desafios Actuais do Benfica
Adicionalmente, o candidato sublinhou os desafios atuais enfrentados pelo Benfica, afirmando: “A poucas semanas de disputar a Supertaça e os jogos decisivos de acesso à Liga dos Campeões — que valem dezenas de milhões de euros — o plantel está ainda em aberto, em mudança constante, com indefinições por resolver.” A crítica à quantidade de transferências realizadas foi contundente: “Nos últimos três anos, sob esta direção, o Benfica comprou 29 jogadores e vendeu 45. Quarenta e cinco!” Mayer salienta que a situação é alarmante, questionando a existência de uma estratégia coerente por trás destes números.
Um ponto crucial abordado por Mayer foi a preocupação com a formação de jogadores. Ele afirmou: “Se não fossem as vendas de talentos formados no Seixal — os verdadeiros salvadores da tesouraria — os resultados financeiros seriam ainda mais preocupantes.” Ele finalmente se perguntou: “O que resta do plantel que o atual presidente encontrou quando chegou ao poder?”
Propostas de Martim Mayer
Como resposta a estas questões, Martim Mayer apresentou o que denomina “cinco pilares fundamentais” da política desportiva, que incluem “Estabilidade no plantel, reduzindo o número de entradas e saídas” e “Renovações bem planeadas, protegendo os ativos e evitando perdas desnecessárias.” Ele acredita que uma abordagem mais estruturada poderia revitalizar o clube e garantir um futuro mais promissor, enfatizando a necessidade de “Formação com impacto real, alimentando a equipa principal com talento que sente o clube” e um rigoroso controle financeiro.
Desta forma, o cenário descrito por Mayer apresenta um desafio para a atual liderança do Benfica, instigando uma reflexão sobre o futuro e a necessidade de uma visão mais clara para o clube. A Supertaça e o acesso à Liga dos Campeões são momentos cruciais que exigem decisões certas e estratégicas para a histórica equipa das águias.