A proposta do Benfica de suspender a sua participação na Liga Centralização tem gerado reações significativas entre os clubes. O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, manifestou surpresa e estranheza pela decisão dos encarnados, questionando os motivos por trás dessa posição, destacando que “não são inteiramente claros os motivos que justificam o momento escolhido para esta tomada de posição”
. Ele levanta a hipótese de haver novos dados, que poderiam justificar a alteração de postura do Benfica.
O Benfica, através de sua missiva, indicou que sua saída da direção da Liga Centralização poderia atrasar um processo considerado crucial para a valorização e estabilidade das sociedades desportivas, o que foi corroborado pelo FC Porto, que expressou o receio de que isso represente um atraso relevante
. Além disso, os dragões sublinham que, apesar de terem “assumido posições públicas firmes sobre temas como a centralização”
, existe uma perceptível falta de progresso em relação às metas estabelecidas.
Reação à Proposta de Investigação do Benfica
Na sua carta, Villas-Boas enfatizou que a proposta de investigação sugerida pelo Benfica sobre o envolvimento de ex-árbitros nas estruturas do futebol é uma “falta de respeito para com profissionais do setor”
, mencionando que figuras como Pedro Proença e Paulo Costa são exemplos de competência e dedicação. Ele acredita que este tipo de proposta só serve para criar desconfiança sobre profissionais reconhecidos, afirmando que “é uma ideia ‘desproporcionada’ e ‘infundada’”
.
As controvérsias continuaram com a menção ao caso dos emails, onde Villas-Boas se referiu a como a situação anterior de inação do Benfica em relação à necessidade de mudanças estruturais é incoerente, visto que agora tentam assumir uma posição de liderança. Ele lamentou que, durante o processo de revisão de regulamentos, o FC Porto reconhece que estes “necessitam de uma revisão profunda”
, frisando que sanções leves transmitem uma “ideia de permissividade institucional”
.
A Necessidade de Ações Rigorosas
Villas-Boas alegou que “situações como quebras de segurança nos estádios, ou agressões iminentes à integridade física de árbitros, treinadores e jogadores, não podem continuar a ser penalizadas com meras multas”
. Esta afirmação é respaldada por incidentes anteriores, como os ocorridos no Estádio da Luz, que evidencia a necessidade de uma abordagem mais rigorosa.
O presidente do FC Porto concluiu sua carta pedindo que o presidente da Liga Portugal, Reinaldo Teixeira, “oriente com clareza e determinação o tratamento destes problemas”
e reiterou a disponibilidade do FC Porto para participar em discussões significativas sobre a valorização do futebol nacional.
Impacto na Governação do Futebol Nacional
A resposta do FC Porto à decisão do Benfica levanta questões sobre a integridade das instâncias reguladoras do futebol em Portugal. O que se segue deste embate será vital para a dinâmica dos clubes e a percepção do público em relação à governança do futebol nacional.