Rui Borges: "Sempre acreditei em ser campeão pelo Sporting"

  1. Desde o primeiro dia acreditava muito neste objetivo
  2. O que me moveu era o sonho de chegar ao Sporting e ser campeão nacional
  3. Se amanhã deixar de ser treinador, sou o homem mais feliz do mundo

Rui Borges não esconde a sua felicidade por ter conquistado o campeonato nacional com o Sporting. O treinador dos leões assume que “desde o primeiro dia acreditava muito” neste objetivo, explicando que “o que [o] moveu era o sonho de chegar ao Sporting e ser campeão nacional. Acreditar não bastava. O trabalhar sim.”

Ainda que se sinta “a pessoa mais feliz do mundo” por ter alcançado este feito, Borges admite que, como jogador, não teria lugar nesta equipa do Sporting. “No Sporting não. Diria que procurasse outro clube. Quando tomo decisões, os jogadores respeitam. Diria que tinha de trabalhar mais para ter mais oportunidades. O jogador é um bicho chato”, afirma.

Uma paixão pelo papel de treinador

Para Rui Borges, a sua verdadeira paixão está no papel de treinador. “Se amanhã deixar de ser treinador, sou o homem mais feliz do mundo”, garante. E revela que, apesar da recente exposição, mantém os pés bem assentes na terra: “Vou a Mirandela e fico mais envergonhado do que as pessoas porque não quero que pensem que o Rui Borges, porque é treinador do Sporting, deixou de ser o Rui Borges com 15 anos. Quero que me vejam como o Rui Borges de Mirandela.”

A ligação às origens

Essa ligação às origens é visível também na forte relação que Borges mantinha com o seu avô, a quem recorda com muita emoção. “Foi a primeira pessoa que perdi. Saudades tenho do meu avô. Significou muito, acima de tudo a maneira de ser própria, a forma tranquila de viver, sem grandes luxos, simples no seu caráter e personalidade.” O treinador revela que, quando conquistou o bicampeonato, “foi a primeira pessoa que [lhe] veio à cabeça” e acredita que o avô deve estar orgulhoso dos seus feitos.

Essa ligação familiar é também visível na forma como a família de Borges lida com a sua nova realidade de treinador. O técnico confessa que a mãe “sofre muito com o futebol” e que a sua mulher “tem de dar uns safanões de vez em quando” na bancada, devido à intensa forma como vive os jogos. “Foram uma aprendizagem para todos. Houve coisas que jamais imaginaria ouvir sobre o filho. Dúvidas sobre o caráter e personalidade do filho”, partilha o treinador.

Fiel aos seus valores

Apesar de tudo, Borges mantém-se fiel aos seus valores e explica que, mesmo quando as críticas surgirem, o seu nome ficará “na memória de muita gente” por ter sido bicampeão. “O futebol é de lembranças, bem ou mal já deixei lembranças em muita gente. A gostar mais ou menos, vão lembrar-se sempre de que o Rui Borges foi bicampeão”, afirma.